música brasileira Archive

terça-feira

9

abril 2013

0

COMMENTS

Assista mais de 60 docs sobre música brasileira de graça

Written by , Posted in Imagem

Tem de tudo na compilação de docs e especiais de TV organizada pelo Pedro Consorte: Novos Baianos, Tom Jobim, Villa-Lobos, Pixinguinha, Chico Science, Raul Seixas, Renato Russo, Cartola e muito mais, algum filmes melhores, outro piores, mas assim é a vida.

quinta-feira

14

maio 2009

1

COMMENTS

Entrevista – “Ninguém sabe o duro que dei”

Written by , Posted in Hoje tem, Música

Essa semana estréia o documentário “Ninguém sabe o duro que dei”, de Cláudio Manoel, Calvito Leal e Micael Langer. O filme já passou por alguns festivais e exibições avulsas e a história de Wilson Simonal sempre agrada na mesma proporção que choca. É imperdível.

Acompanhei a produção do filme bem desde o comecinho e conversei por sobre o filme por e-mail com Calvito Leal e Micael Langer.

Conheço o Calvito desde os 16 anos, quando fizemos intercâmbio em cidades vizinhas na Califórnia. Depois disso, importei o paulistano para o Rio, onde morou na minha casa por vários meses. Micael conheço dos corredores da Conspiração Filmes, há uns bons oito anos atrás.

Aos patrulheiros de plantão, nem adianta começar com a mesma lenga-lenga do “caso” João Brasil — só posso agradecer a sorte de ter amigos tão talentosos. Assista o filme e veja por você mesmo.

Como surgiu esse projeto? Como e em que ponto você passou a fazer parte a equipe de direção?

Calvito Leal – O início do projeto teve duas etapas marcantes. Em 2002 o Claudio Manoel teve a idéia de fazer um documentário sobre o Wilson Simonal, fez uma pesquisa, gravou alguns depoimentos e montou um promo para vender o projeto. Sem ter conhecimento disso, em 2004, ao assistir um programa de televisão sobre a vida do Simonal, fiquei empolgado e curioso com a história e resolvi, junto com o Micael Langer, iniciar uma pesquisa para um possível documentário.

Logo no início da pesquisa descobrimos que o Claudio Manoel já estava, de alguma maneira, envolvido com essa idéia, porém tinha parado por falta de tempo em sua agenda e pela dificuldade em captar recursos. Essa informação à princípio caiu como um balde de água fria, mas resolvemos entrar em contato com o Claudio e foi então que decidimos unir as forças e desenhar um novo caminho para o filme, assim nascia “Simonal – Ninguém Sabe o Duro Que Dei”.

Durante os anos de 2004 e 2005 fizemos a pesquisa complementar e a gravação dos entrevistados. Em 2006 e 2007 editamos e com a entrada de novos parceiros pudemos finalizar o filme para o Festival É Tudo Verdade de 2008, no qual ganhamos Menção Honrosa. Durante este ano participamos de vários festivais pelo mundo. E finalmente marcamos o lançamento comercial para Maio de 2009.

Micael Langer – O projeto teve duas fases. A primeira, em 2002 quando, depois de ler o livro “Noites tropicais”, de Nelson Motta, o Cláudio teve a idéia de fazer o filme. Chegou a fazer algumas entrevistas, mas acabou por “engavetar” o projeto pela falta de apoio e dificuldade de conciliar o documentário com seu trabalho.

Em 2004, eu e Calvito tomamos conhecimento da estória do Simonal e resolvemos investigar a possibilidade de fazer um documentário sobre o tema. Quando descobrimos que o Cláudio já havia começado um projeto parecido, entramos em contato, e a parceria foi firmada.

Em termos de roteiro, qual a estrutura do filme, a linha narrativa?

Calvito Leal – A idéia sempre foi construir um linha narrativa que , apesar de linear, fosse surpreendente, “brincando” o tempo todo com as expectativas de quem está assistindo. Nos inspiramos na “Captura dos Friedman” como construção de arco narrativo. Tínhamos belíssimos números musicais, uma boa quantidade de imagens de arquivo, depoimentos chocantes, bons pontos de virada e um furo de reportagem, a historia permitia esse tipo de construção.

Outro aspecto que vale ser destacado, é o tempo que levamos para “relembrar” quem foi Wilson Simonal. Era fundamental para nós que o filme mostrasse a personalidade do Simonal, como ele foi apagado da historia da musica brasileira, muitos nunca ouviram falar de Wilson Simonal.

Micael Langer – Na verdade, tínhamos algumas idéias do que deveria entrar no filme, mas foi só na ilha de edição que a estrutura começou a tomar forma. Nos pareceu primordial, num primeiro momento, apresentar esse personagem ao público que, ou nunca tinha ouvido falar, ou que já havia se esquecido dele. Queríamos mostrar o quanto ele era prodigioso musicalmente, o quão único ele era em sua relação com o platéia, e até onde ele chegou. Isso leva metade do filme

O episódio policial era imprescindível, e foi o trecho mais delicado na hora de editar, pois envolve versões, acusações e suposições, mas nossa intenção sempre foi dar voz a todos e nos manter isentos de qualquer posicionamento. Com o advento do depoimento do contador da Simonal Produções, pivô de todo o escândalo que viria a comprometer a carreira do Simonal, nos vimos obrigados então a mostrar o sofrimento pela qual o cantor passou, dando a noção da pena a qual foi submetido.

Como foi a pesquisa? A história não tinha sido bem contada ainda, não é isso?

Calvito Leal – Realmente encontrar estas imagens foi um grande desafio. Contávamos com um pequeno acervo familiar, algumas imagens compradas dos canais de televisão – nos surpreendeu o quão pouco material existia nos canais, apesar do Simonal ter apresentado durante alguns anos programas semanais, quase a totalidade do material foi perdida nos incêndios e alagamentos nos arquivos.

Mas nossa grande sorte foi poder contar, tanto com o show do Simonal com a grande cantora americana Sarah Vaughn, quanto com um longa-metragem dirigido pelo Domingos de Oliveira. “É Simonal” recheou o nosso documentário com imagens antológicas e coloridas.

Na época que iniciamos a pesquisa para o filme o Youtube ainda não era uma realidade. O que nos surpreende hoje é a quantidade de vídeos que existem do Simonal no site, desde imagens que nunca tínhamos visto até covers gravados por grandes artistas internacionais. Tem até Stevie Wonder cantando “Meu Limão, Meu Limoeiro” e Brigitte Bardot cantando “Nem Vem Que Não Tem”.

Os critérios adotados para a escolha dos entrevistados foram simples. Listamos todos os nomes de pessoas que, segundo nossa pesquisa, eram relevantes para a historia (familiares, amigos, colegas e até pessoas avessas a ele) e começamos a correr atrás. Muitos não quiseram falar.

A lista era interminável, só paramos depois que entrevistamos o contador Rafael Viviani. A entrevista dele foi a última a ser feita. Na hora percebemos que tínhamos um furo e resolvemos mexer no material para entender a história que iriamos contar.

Micael Langer – A pesquisa foi, ao mesmo tempo trabalhosa e surpreendente. Por um lado, várias fontes de material estavam esgotadas, por falta de armazenamento adequado. Por outro, tivemos muitas descobertas maravilhosas, como o número de “ The Shadow of your Smile”, dueto de Simonal com Sarah Vaughn, números como o do “palhaço negro” da Record e o filme “ É Simonal”, de Domingos de Oliveira, que contribuíram bastante para a riqueza de material.

Todo esse material estava esquecido, largado, pois Simonal sempre foi um assunto proibido. No que tange aos entrevistados, procuramos encontrar representantes contemporâneos do Simonal de várias áreas que pudessem compor um mosaico de opiniões, cada um com sua particularidade.

Qual a importância de Wilson Simonal na música brasileira? Ele tem seu lugar garantido ou caiu mesmo no esquecimento?

Micael Langer – Simonal tem seu lugar cativo na história da música popular brasileira, independente do “esquecimento forçado” a qual foi submetido. Prova disso é a demanda crescente que vem acontecendo de suas músicas desde que a notícia de que um documentário a seu respeito começou a ser veiculada. A partir do momento em que haja um certo distanciamento histórico daquela época e sua música possa ser apreciada pelo seu valor, ele com certeza voltará a brilhar no hall da fama da música brasileira.

De certa maneira, o filme fala de como o mito tomou conta do homem, o que terminou afundando o próprio mito. Os entrevistados falam bastante de como Simonal era marrento e que Como as bravatas Um cara que chegou a acreditar que poderia ser o ponta direita da Seleção de 70. O quanto isso influenciou na “sentença” sofrida por ele?

Micael Langer – Com certeza ajudou muito, pois como disse o próprio Miele, a “irresponsabilidade política” causava um mal estar entre seus colegas. E quando digo irresponsabilidade política, não me refiro só à ideológica, mas à social mesmo. Ele chegou ao topo, e realmente tinha o “rei na barriga”. Com certeza o fato de não ter estrutura psicológica para lidar com o sucesso contribuiu muito para essa atitude, que pode ser vista, em última instância, como um mecanismo de defesa. O fato é que, para ele, a melhor defesa era o ataque, ou seja, preferia sacanear a ser sacaneado.

Muitos dos entrevistados falam que ninguém se levantou para defender Simonal, alguns em tom de cobrança, sendo que eles mesmos não fizeram isso. Como você vêem essa questão?

Micael Langer – O fato é que todos viviam um momento muito conturbado….uns, como o Pelé, não tinham muito o que fazer, pois não faziam parte da máquina da indústria cultural, outros, como Paulo Moura, admitem que tiveram medo de defendê-lo, pela possibilidade de “contaminação”. É um pouco fácil demais julgar as atitudes que pessoas tiveram ou deixaram de ter agora, 40 anos depois. Preferimos nos abster dessa postura.

De que maneira o fato de falar de alguém que já morreu e de uma história que é em grande parte baseada em conversas, sem muitas provas físicas influenciou a feitura do filme? O filme desvenda a verdade do caso? Existe essa verdade?

Micael Langer – Sempre tivemos noção da delicadeza do assunto….principalmente por se tratar de um caso polêmico que desperta reações calorosas até hoje, e pelo fato de que, para isso, contaríamos em grande parte com depoimentos de entrevistados relacionados a fatos ocorridos há quase 40 anos. O importante foi perceber quais informações tinham fundamento, a partir de registro na imprensa e corroboração de outros depoimentos.

Tentamos passar no filme, a mesma reação que tivemos a cada descoberta, mantendo-nos à parte do processo dedutivo. Somos da opinião de que a verdade absoluta simplesmente não existe, e nunca nos propusemos a encontra-la, somente deixar as peças do quebra-cabeças de forma que elas façam sentido, e dar aos espectadores a tarefa de monta-lo.

Como foi a relação com a família do Simonal ao longo do processo? Como eles reagiram ao filme pronto?

Micael Langer – A reação da família não poderia ter sido melhor. Sempre apoiaram o projeto, desde seu início, mesmo após afirmarmos que, em nenhum momento iríamos reter informações ou proteger ninguém. O filme simplesmente não teria sido feito sem a colaboração e dedicação da família em tentar esclarecer essa estória obscura, e trazer pelo menos de volta a música deste que é considerado um dos grandes nomes da música brasileira de todos os tempos.

Você acredita que o filme pode ser o início do resgate do legado musical do Simonal? Ou isso nunca desapareceu?

Micael Langer – Com certeza tivemos muita satisfação ao perceber que, conforma as notícias do filme iam aparecendo, mais e mais vezes ouvíamos músicas do Simonal sendo tocadas em veículos e lugares que normalmente não dariam espaço a ele. Com certeza depois do filme uma nova geração será apresentada ao seu talento, que é indiscutível!

terça-feira

3

fevereiro 2009

1

COMMENTS

Choro funk

Written by , Posted in Música, Resenhas


Chorofunk 14: Sany Pitbull, Sergio Krakowsky e o convidado
Carlos Malta tocam alguns clássicos da música brasileira em
versão choro-funk.

foto: URBe

Tem coisas que só podem acontecer na Lapa. Hoje em dia, com a vida cultural do bairro fervendo, isso é mais verdade do que nunca. Uma passeada pelo berço da boemia carioca numa sexta ou sábado dá a exata dimensão da efervescência cultural que acontece sob (e além) os Arcos.

Tem festa de samba (pra todos os bolsos), funk, forró, hip hop, ciganos, rock, eletrônica, boteco, barzinho, restaurante, carrocinha de cachorro quente… Não importa a direção que se tome na Avenida Mem de Sá, as chances de você encontrar algo que te agrade são enormes.

Não poderia mesmo haver cenário melhor para mistura proposta por Sérgio Krakowski e Sany Pitbull. A parceria entre os dois começou quando o conjunto de choro Tira Poeira, de Sergio, convidou o funkeiro Sany para uma parceria inusidada: uma versão choro-funk de “O morro não tem vez” (Tom Jobim / Vinicius de Moraes).

O encontro deu caldo e daí para o Baile Chorofunk? foi um pulo. Durante o mês de janeiro, Sergio e Sany receberam convidados (Carlos Malta, Pedro Luis, Moyseis Marques) para uma festa no Clube Democráticos, tradicional ponto de encontro de samba, honrando o nome e abrindo o espaço para novidades.

Na sexta passada, o convidado foi Chico César. O público da noite há quatro anos dedicadas ao choro, estranha o som que vem do palco. Talvez não questionem tanto devido ao peso dos convidados, ainda que a casa não fique tão cheia quanto de costume.

A princípio, a mistura não é tão dançante quanto se esperaria de dois estilos como o samba e o funk. A dinâmica da mistura choro-funk por si só já exige atenção, some a isso um convidado e fica mais complicado ainda.

Na festa, até pelo local escolhido, é o samba que faz o papel de padrinho do gênero perseguido e mal visto. Pra você ver como o mundo dá voltas… Há menos de um século, quem precisava de padrinho era o próprio samba.

O negócio pega mesmo quando ficam Sany, Sergio e a banda, por já estarem ensaiados e, principalmente, entrosados. Seja como for, ambos os estilos só tem a ganhar com o encontro, disso não resta dúvidas.

Para o samba, é a absorção de mais uma linguagem. Para o funk, só a interação com músicos, ao vivo, é um caminho totalmente novo, afinal o trabalho do produtor de música eletrônica é quase sempre solitário, em estúdios.

Sany tem se destacado pela inventividade. Tido como precursor do estilo batizado como pós-baile funk, através de suas experimentações Sany vai alargando o que se acostumou esperar da música dos bailes. Não apenas pelas faixas instrumentais, mas também pela quantidade de novos estilos e referências que vem aproximando do funk.

Essa abordagem vai se alastrando, através de nomes como João Brasil, Bonde do Rolê, DJ Sandrinho e DJ Chernobyl, que como Sany, vão traçando novos caminhos e possibilidades para o baile funk, garantindo com isso a continuidade de uma das suas características mais interessantes: a falta de pudor de se apropriar do que quer que seja para construir uma boa faixa.

No palco, o melhor momento de Sany, Sergio e banda é a versão de “Construção” (Chico Buarque), cantada ao vivo por uma convidada. Repleta de efeitos dubwise, os violões, o vocal, a percussão e todo resto sustentam-se apenas sobre a clássica base de funk conhecida como Volt Mix, desacelerada até chegar aos 60 BPM. Coisa fina.

Na platéia, alguns não aprovam e vão embora. Outros, como Eugene Hutz, vocalista do Gogol Bordello e DJ residente de uma festa na Lapa, se esbaldam na pista com os remixes ao vivo de Sany para “We are your friends” (Justice) e “Harder, better, faster, stronger” (Daft Punk).

A noite tinha hora marcada pra acabar e o aviso foi feito no PA com o som do Windows sendo desligado. Sob aplausos. Numa noite de tantos cruzamentos, foi sintomático.

Nessa terça (03 de fevereiro), Sany toca na festa Dancing Cheetah, na Casa da Matriz.


terça-feira

30

setembro 2008

1

COMMENTS

sexta-feira

26

setembro 2008

0

COMMENTS

Orquestra

Written by , Posted in Música

Sivuca e Orquestra Sinfônica da Paraíba, mandando “Feira de Mangaio”. Grosseria.