O esforço da dupla é totalmente focado no público brasileiro, inserindo frases em português nas letras e gravando mensagens no idioma. Inverteram a rota: Miami bass foi a gênese do funk, o funk volta para os EUA e agora os americanos fazem funk em português.
Nove dias. Foi tudo que MC G15 precisou – além, supõe-se, de um bom investimento de mídia – para estourar “Deu Onda” em escala nacional e cravar o possível hit do verão.
A letra não é essa fofura toda, no entanto. Na versão não-comercial, “o pai te ama” vira “meu pau te ama” e segue por esse caminho. Produzida por Jorgin DJ, a base rasteirinha (que não é exatamente uma rasteirinha, segundo o produtor Leo Justi em comentário num post do Omulu sobre a música) é muito boa, como tem sido algumas dessa safra ostentação do funk paulista. O produtor RD da NH sempre se destaca, com produções para nomes como MC Livinho. Nada estoura, é tudo pra trás, minimalista, longe dos tradicionais tamborzão ou volt mix.
Agora é ver se MC G15 consegue se segurar ou vai tão rápido quanto chegou, num ciclo que vem ficando cada vez mais curto.
“Meu Pau te Ama” (versão proibidão):
“Deu Onda” (versão light):
Versão sem censurando a palavra maconha (em pleno 2017…):
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/URBe
por Bruno Natal
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.