A revista Adbusters analisa o fenômeno global dos hipsters, cujas referência retrô 80, 90 com pitadas de nerdice cool (não é um contra-senso, acredite), é comumente confundida com o inexistente “movimento” nu-rave.
Um trecho, resumindo bem os hipsters:
“Dê uma volta por qualquer grande cidade norte-americana ou européia e você certamente verá diversos fashionistas de vinte e poucos anos pelas ruas exibindo diversas marcas registradas estílisticas: jeans skynny [bem apertados], leggins de algodão, bicicletas de corrida sem marchas, roupas de flanela, óculos falso e um keffiyeh — inicialmente utilizado por estudantes judeus e manifestantes ocidentais para demonstrar solidariedade aos palestinos, o keffiyeh tornou-se um acessório cliché dos hypsters, completamente desprovido de sentido”
É uma bela bordoada. O engano do autor é esperar dessa turma algum engajamento nunca prometido. Nem tudo que acontece a margem do grande mercado (se é que existe isso hoje em dia) é contra-cultura.
É impressionante como esse estilo está presente nas principais capitais do mundo, inclusive no Brasil, numa pasteurização estética que o movimento hippie levou uma boa década para atingir. Não haver ideologia além do hedonismo, combinado com a internet, deve ter ajudado bastante.
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/URBe
por Bruno Natal
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.