gabriel muzak Archive

quinta-feira

16

janeiro 2014

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Os bons discos nacionais de 2013

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osbonsdiscosnacionais2013

Como já disse algumas vezes, não gosto muito de fazer listas muito por não acreditar em hieraquizar música, principalmente entre sons distintos. No fim acaba prevalecendo o gosto pessoal e isso não me parece exatamente um critério objetivo. Prefiro falar em bons discos.

Dito isso e falando agora especificamente da música brasileira, que ano seco, hein, Brasil? Essa lista acabou nem dando trabalho pra fazer porque foram muito poucas opções (e alguma delas foram lançadas digitalmente aqui no URBe).

E mesmo entre esses, nada de arrebatador, nenhum disco para entrar numa lista de melhores da década daqui uns anos. Se tivesse tido acesso a essa lista no início de 2013 teria tido um ano desanimado sabendo que isso é tudo que se ouviria. Podia ter tido mais, bem mais.

Ouvi pouca coisa? Ouvi os discos errados? Pode ser que sim. Sendo esse o caso, ficarei agradecido se você puder deixar suas dicas nos comentários e me ajude a mudar de ideia. Que 2014 venha mais forte!

As listas de discos internacionais, de bons shows e de destaques pessoais de 2013 já estão no ar, só clicar.

O disco nacional de 2013:

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Castello Branco, “Serviço”

Esse foi um azarão e ainda não entendi como ele veio parar no topo da lista. Um disco que cresce com repetidas audições, bem produzido, gravado e tocado, talvez o grande diferencial para boa parte do que circula por aí seja a sinceridade. Quando foi lançado cheguei a comentar que o disco tinha algo que não sabia dizer o que. Continuo sem saber e continuo ouvindo.

cicero-sabado

Cícero, “Sábado”

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Tom Zé, “Tribunal de Feicibuqui”

Trio Eterno Suite Pistache

Trio Eterno, “Suíte Pistache”

Tv:Av Unprepared Loops

Tv/Av, “Unprepared Loops”

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Rio Shock, “Rio “Shock EP”

square-400

Wado, “Vazio Tropical”

bemonio_santo

Bemônio, “Santo”

Mahmed Dominio Das Aguas e dos Ceus

Mahmed, “Domínio Das Águas e dos Céus”

wado_vaziotropical

Ylana, “Ylana”

GabrielMuzak_queroverdancaragora

Gabriel Muzak, “Quero Ver Dançar Agora”

Gang-do-Eletro-capa

Gang do Eletro, “Gang do Eletro”

Do Amor Piracema

Do Amor, “Piracema”

Emicida O Glorioso Retorno

Emicida, “O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui”

terça-feira

14

janeiro 2014

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Transcultura #131: Primeiros lançamentos de 2014 // Buddhify

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Transcultura_OGLobo_2014

Texto na da semana passada da “Transcultura”, coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo:

Novidades no ar
O ano começa com uma série de lançamentos, das batidas quebradas do Lee Bannon e do balanço do Chromeo ao “dream team” de Peter Gabriel e o reaparecimento de Sharon Jones
por Bruno Natal

Na virada do ano, enquanto você se espreguiçava em praias paradisíacas, curtia um ar da montanha ou simplesmente aturava um bom caos urbano em sua cidade, além do Hernane fazer mais um gol, o mundo pop também não deixou de trabalhar. Com apenas 10 dias nesse iluminado 2014, já há diversos lançamentos para iniciar o ano com novidades. E nas próximas semanas de janeiro ainda veremos os novos do Broken Bells, Mogwai, Bruce Springsteen, Warpaint…

http://youtu.be/WFqyk-sAU9k

Chromeo – Sem botar um disco na rua desde 2010, a dupla canadense vem fazendo uma lenta campanha de pré-lançamento de “White Women”. Logo nos primeiros dias do ano o Chromeo ivulgou “Come Alive”, com participação do Toro Y Moi, terceira música do seu quarto disco a dar as caras (as outras duas foram “Over Your Shoulder” e “Sexy Socialite”).

Sharon Jones – Ano passado Sharon Jones cancelou o lançamento do seu sexto disco e subsequente turnê após ter sido diagnosticada. Portanto, foi com grande surpresa que no dia 05 de janeiro a cantora de soul ressurgiu, a bordo do aguardado “Give People What They Want”, via NPR.

Gabriel Muzak – O disco, “Quero “Ver Dançar Agora”, é do ano passado, mas o clipe de “In The Sky”, dirigido por Cavi Borges, saiu nos primeiros minutos de 2014.

SILVA – Buscando uma música num baú ainda mais antigo, SILVA lançou o clipe de “Imergir”, dirigido por Julio Secchin. A música faz parte do seu primeiro EP, de 2011, e também do seu primeiro disco, de 2013.

Peter Gabriel – O ex-cantor do Genesis caprichou na lista de participações de “And I’ll scratch yours”, seu primeiro disco desde 2010: o saudoso Lou Reed, Arcade Fire, Feist, David Byrne e Regina Spektor são alguns deles.

St. Vincent – A ex-integrante do Polyphonic Spree e da banda de Sufjan Stevens, parceria de David Byrne, Bon Iver e Kid Kudi, St. Vincent é um bocado cultuada. Por isso, a notícia de que seu quinto disco será lançado ainda em janeiro causou alegria em seus fãs. Mal o mês iniciou e ela soltou a segunda música do disco.

Omulu – Continuando seus experimentos com o funk, em “Aquecimento Terror MonsterShock (2015)” o carioca Omulu cruza os caminhos com o trap. Como de costume, coisa fina.

http://youtu.be/w-7h4zz4WN8

Lee Bannon – Lançado pela cultuada Ninja Tunes, “Altenate/Endings” é a estreia do produtor de hip hop Lee Bannon. Após diversos EPs e produções para artistas como Joey Bada$$, disco marca a viagem de Bannon pelas profundezas graves do jungle e drum n bass (renovado em 2013 por Machinedrum e Congo Natty), sem ingorar as influências de glitch, witchhouse e dubstep . Escute o disco na íntegra.

Stephen Malkmus – Fãs do Pavement, tremei. , Stephen Malkmus foi mais um a lançar disco na primeira semana de 2014. Outra vez acompanhado pelo the Jicks, “Wig Out at Jagbags” já está na rua. O clipe de “Lariat” foi lançado ainda em 2013.

Tchequirau

Equacione esse paradoxo: Buddhify, uma app de… meditação.

segunda-feira

6

janeiro 2014

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quinta-feira

27

junho 2013

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Lançamento: Gabriel Muzak, "Quero Ver Dançar Agora" (2013)

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Já se vão nada menos do que 11 anos desde que Gabriel Muzak lançou seu primeiro disco, o elogiado“Bossa Nômade” (ouça “Rude Boy”). De lá pra cá, Muzak tocou no Rockz, Funk Fuckers e no Seletores de Frequência (com BNegão), foi músico de apoio em sabe-se lá quantas bandas e trabalhou como técnico de estúdio (o vizinho Calbuque entrevistou o Gabriel hoje).

Seu segundo disco, “Quero Ver Dançar Agora”, pela Bolacha, era aguardado – e cobrado – por todos a sua volta. Finalmente saiu – e a audição é feita a partir de hoje com exclusividade aqui no URBe. O show de lançamento é hoje no Oi Futuro.

Abaixo, Muzak comenta as músicas:

“Belém não para” – Essa faixa é um carimbó das arábias, compus em 2004, mas a letra fiz em 2006. Sempre achei que alguns ritmos do norte e nordeste brasileiros tinham uma ligação com ritmos árabes. Essa música foi feita no violão, mas desde o início ela pedia aquela pegada vigorosa do norte. Tive a sorte de poder contar com os músicos Domênico Lancelotti e Alberto Continentino. Gracias amigos!

“Uma mulher” – Esse samba narra a amargura de um fim e a inexorável verdade da existência: estamos sós, somos sós. Por mais que se tenha amigos, pessoas amadas e queridas, cada um sente a sua dor e o seu prazer. O narrador é a personagem, atordoada e confusa, errante, mas sábia em relação à profundidade da existência.

“Quebra tudo” – tem esse nome porque foi composta em compassos não convencionais, ora de 3 tempos, ora de 5. Além disso narra tempos difíceis, estabelecimentos comerciais são o objeto da espreita dos cidadãos acossados por suas dificuldades. Fala do mundo insustentável da opressão, do consumismo como fator de afirmação social e de como o mundo caminha nos tempos da imagem.

“Harmônico” – Acordei um dia às 4 da manhã, peguei o violão e toquei alguns harmônicos que soavam como base, como um mantra. Voltei a dormir e, inacreditável, me lembrei da idéia no dia seguinte. Gravei de tarde no estúdio em que trabalhava na época e acrescentei a melodia. É um momento mais relaxado, por isso veio depois de quebra tudo.

“Andaluzia” – A idéia de fazer um flamenco com guitarra, baixo e bateria era antiga, mas a letra foi finalizada em uma viagem de van atravessando a Espanha, durante uma turnê do BNegão pela Europa. Essa é a primeira vez que escrevi uma letra em espanhol. Nessa faixa, rolaram as luxuosíssimas participações de Altair Martins no trompete e Jr Tostói na guitarra.

“Ligação” – Samba e guitarra… Mais uma vez uma narrativa de algo que degringolou. Aqui nosso herói sabe bem qual deve ser o proceder do malandro. Sabe que “falar é prata e ouvir é ouro”, sabe que deve pisar devagar em solo novo. Saber ele sabe, mas nem sempre se salva com aquilo que se sabe. O rapaz acaba no xadrez e tem um telefonema pra tentar sair de lá e ao mesmo tempo conferir se sua amada é também sua amante. — Só fiz a ligação pra ver se ela ainda me queria…

“In the sky” – experiência psicotrópica natural, sem necessidade de auxílio químico de procedência externa ao organismo. Espacialidade através do tempo. Respirar, caminhar, voar, superfícies terrestre e estelar. O eu lírico, um voyer das constelações narra uma estrela sonhada. Das idéias para os fatos, o poeta anseia pelo vôo, não pela volta. Alguns amigos disseram que é música de doidão… talvez.

“Made of sand” – Mais um personagem que sonha, se apaixona e cogita. Quer saber o que vai ser depois que o mundo se acalmar, quer saber também o que será feito do amor. O refrão: Made of sand… representa aquilo que não se pode controlar, representa um mundo onde tudo que se edifica, por mais que esteja real, não é o que fica… Nada fica, como dizia um amigo que virou Hare e eu nunca mais vi: “—Isso é apenas um instante da eternidade.

“Brincadê” – Nessa música o personagem está em seu momento hedonista e dionisíaco, orgiástico e carnavalesco, quando é surpreendido por uma voz que o convoca secamente a despertar. Essa faixa tem uma levada mais rap. Ela fala do fechamento das portas da percepção, como num filme de suspense, o sujeito passa do umbral e é surpreendido pelo som da porta que bate.

“Noite selva” – Blues em violão de nylon e cânticos espirituais, é um desfecho da experiência. Quando gravei fiz alguns sons com a voz, achei que era só um lalaiá universal, mas depois vi que tinha mandado um Eparrê (saudação a Iansã) e falava Oyá (um dos nomes de Iansã) algumas vezes. O mais curioso é que eu não sabia que Oyá era Iansã. Quando fui transcrever para o papel o que tinha cantado, resolvi pesquisar em dicionários de Yorubá e documentos sobre as religiões afro.

segunda-feira

23

novembro 2009

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