Se você acha o Club Penguin uma grande besteira e não prestou atenção na importância de joguinhos como FarmVille ou Mafia Wars, assista a palestra abaixo e aprenda um bocado sobre os processos de gamification.
Basicamente, a marca esquivou-se da polêmica, transferindo a culpa para produção do evento e para o dono do imóvel.
Realmente, o principal personagem nisso tudo é quem coleciona esse tipo de coisa. No entanto, isso não exime a empresa que ofereceu o evento de responsabilidade. Pode não ser apenas deles, mas é também deles.
Trata- se de uma gafe. Gigantesca, é verdade, porém é improvável que a marca alemã tenha propositadamente buscado um lugar com esse tipo de decoração para sua festa.
Qualquer um com o mínimo de bom senso há de concordar que buscar por sinais nazistas não é algo que cruze a mente de quem está procurando locação. Imagine o telefonema:
Produtor – Achei o lugar da festa! Conferi e não tem nenhuma memorabilia nazista.
Cliente – Boa! Estava preocupado com isso.
Quer dizer, a partir de agora o diálogo é até bem provável. Não era antes.
O assunto poderia ter sido tratado de maneira muito mais elegante, admitindo-se a infeliz confusão e pedindo desculpas. Mesmo que isso não diminuísse a gravidade dos fatos.
Recebi um e-mail do JP Cuenca relatando descobertas estranhas feitas na badalada festa da Adidas, no Rio:
“Os azulejos da piscina, que você vê abaixo [NE: no caso, acima], levam o que parecem ser suásticas nazi (estão orientadas no sentido dos ponteiros do relógio, ainda que não estejam inclinadas). Poderia ser apenas um detalhe que geraria comentários ambíguos se, num dos bares onde foram servidas bebidas, não pudesse se ver uma águia com a inscrição “Hamburg Kriegsmarine” por trás das pilhas de copos da Adidas”
O texto completo e mais fotos estão no blogue do Cuenca no Globo On Line.
Os organizadores devem estar se lamentando de ter convidado gente tão atenta.
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Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.