dubstep Archive

segunda-feira

28

abril 2014

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Dubstep de fogo

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Dubstep Through Fire

 

Um painel de chamas em que saídas de gás respondem como pixels as vibrações sonoras e formam imagens de fogo.

Esqueça a explicação, dê play e confere o visual.

Via Lucas > Creators Project.

segunda-feira

17

fevereiro 2014

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Mala na Wobble: o grave venceu

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Mala_Wobble_Rio_2014

Trap: pelo menos é grave”. Esse poderia ser um slogan cínico para uma festa do estilo musical (hip hop com dubstep da 2a geração, numa super simplificação) que domina as caixas de som de boa parte das festas do udigrudi.

O fato é que após alguns anos com agudos sufocando as pistas de dança, principalmente as mais comercialmente orientadas, se tem uma coisa que a onipresença do trap atesta é que o grave venceu. Se não em larga escala, ao menos com bastante folga na cena alternativa.

Ver, em festas como a Wobble o I Hate Mondays, uma penca de moleques sacudindo e urrando no balanço dos sub-graves é uma alegria, concretização do que parecia uma meta inalcançável há nem tantos anos. Mesmo que grande parte dos traps sejam de qualidade duvidosa, mesmo que o lance seja apenas se jogar, mesmo que boa parte do público não vá atrás das origens da cultura bass, ao menos estão imersos em graves. Então, como diz o poeta, “tá ruim, mas tá bom”.

Em uma edição especial da festa, gratuita e cedo, as 20h o londrino Mala, uma das metades do Digital Mystikz e um dos fundadores da DMZ, festa fundamental na propagação do dubstep de Londres para o mundo, assumiu os toca-discos do Fosfobox.

Durante três minutos Mala tocou frequências que iam descendo, descendo até transformarem-se em pancadas de graves e iniciar sua seleção. Como um selectah jamaicano, tocou dubplates e não mixou, passando de uma música para outra com paradas bruscas, desaceleradas e rewinds, também repetidos para repetir os momentos mais catárticos do set.

Já se vai muito tempo desde que o dubstep era um gênero obscuro até mesmo na Inglaterra até a dominação mundia. via EUA exectuada pelo Skrillex e sua releitura da névoa ambiente londrina. Mala – e o dubstep original – não ficaram parados. As produções atuais tem tanto peso e esporro quanto as que passaram a dominar o imaginário global a cerca do gênero, numa relação próxima a retroalimentação.

Mala demostrou isso, lançando toneladas de grave e batidas quebradas com uma elegância de arrepiar os pelos das canelas. Fez isso, porém, alheio as preocupações comercias ou de alguma disputa com o “efeito Skrillex”. É apenas mais um passo da cultura do bass, movendo-se e amassando o que vem pela frente, com o simples poder de meditação provocado pelo peso do grave.

(mais…)

segunda-feira

1

outubro 2012

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agosto 2012

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27

julho 2012

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Transcultura #89: DJ Marky // Bicicletas

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Meu texto de hoje da coluna “Transcultura”, publicada todas as sextas no jornal O Globo:

O retorno do rei
Mestre do drum and bass, eleito várias vezes o melhor DJ do mundo, Marky toca nesta sexta na Wobble, no Rio

por Bruno Natal

No fim dos anos 1990, o drum and bass vivia seu auge. Tido como a vertente mais inovadora da música eletrônica, numa época pré-compartilhamento de arquivos e de infinitos subgêneros digitais, o d&b tinha um rei, e esse rei era brasileiro: DJ Marky.

Considerado várias vezes o melhor do mundo por diversas publicações (scratches em BPMs acima de 160 não são mesmo pra qualquer um).Um astro com residência fixa em boates de Londres (Bar Rumba), São Paulo (Lov.e), Rio (as saudosas quartas da Bunker), Tóquio (Womb) e onde mais quisesse, presença em festivais como Coachella e Glastonbury, anualmente Marky celebrava seu domínio no Skol Beats, como atração principal da tenda Movement, focada nas batidas quebradas e no grave.
O tempo seguiu, outros estilos tomaram a ponta e, de repente, ouvir Marky no Rio passou a ser menos recorrente, deixando desemparados fãs que o viram em festas como a Loud! e a pioneira Febre.

Mas nesta sexta Marky visita a cidade, capitaneando a edição da festa Wobble, no Fosfobox, dedicada aos sons graves e que vem atraindo uma galera mais nova atrás do dubstep, apresentado em suas diversas formas (pro bem e pro mal). Mesmo com o resgate dos anos 1990 se ensaiando, ele não acredita nessa anunciada “volta do drum and bass”. Para Marky, nada mudou. Ou melhor, mudou pra melhor.

— Não existe volta do d&b porque ele nunca foi embora. Não é por que a música saiu da mídia brasileira que ela morreu. O jazz morreu? Não, está mais vivo do que nunca! Minha carreira está melhor do que nunca! Continuo tocando nos principais festivais e clubes do mundo; sou residente do Fabric, em Londres, e do Womb, em Tóquio, dois dos melhores do planeta; minha gravadora, Innerground Records, está bombando — diz.

A Wobble vai além do dubstep que a fez conhecida, com espaço para o garage, house, até techno. Pelos toca-discos já passaram DJs como Roots Rock Revolution, Nedu Lopes e Tamenpi. Um dos responsáveis pela festa, Rodrigo S. é fã de Marky e acha sua presença algo natural.

– Ele é o preferido de quase todos os envolvidos na Wobble. Sua residência na Bunker foi uma escola. Drum and bass é um dos pilares da bass music e foi fundamental na construção do que é o dubstep hoje. O que o jungle é para o drum and bass, o drum and bass é para o dubstep.

Dia 10 de agosto, em SP, Marky toca no projeto Technostalgia, em que DJs fazem as vezes de maestro. Regendo duas bandas simultaneamente no palco, como se fossem dois toca-discos, clássicos da música eletrônica ganharão roupagem analógica. Sem deixar o estilo que o consagrou — e que ele revolucionou, ao trazer o sol para um som tradicionalmente sombrio — Marky também toca outras coisas.

— Continuo fazendo sets só de d&b, às vezes toco em festas de deep house, além de ter a minha noite, DJ Marky — Influences, em que toco as músicas que me influenciaram, do soul ao d&b, passando por funk, rock, jazz, disco, boogie, house, techno e por aí vai. Adoro as músicas de artistas como Boddika, Julio Bashmore e Breach, assim como Dramatic & DB Audio, Total Recall, T.I., Decimal Bass, que estão arrebentando no drum and bass. Na Wobble vou tocar drum and bass e algumas dessas coisas — conta Marky.

A onda do dubstep

Mesmo rodando o mundo, Marky continua ligado nos sons daqui. Da produção brasileira, ele destaca Level 2, Unreal, Critycal Dub e o carioca BTK, hoje morando na Suíça, “arrebentando”, segundo o DJ. Apesar da proximidade apontada por Rodrigo, Marky não vê tanta relação entre a atual ascensão do dubstep e o que aconteceu com o d&b no passado. Ele enxerga um exagero nessa percepção.

—- Os melhores artistas de dubstep, como Pearson Sound, Addison Groove e Joy Orbison, não fazem mais dubstep. Estão muito mais próximos do house e do techno. Devido à mídia em torno do Skrillex, parece que a música dele é gigante, mas, como estou lá fora direto e vejo com meus próprios olhos, as coisas não são o que parecem.
Mais do que matar saudades de uma das melhores fases da música eletrônica brasileira e da noite carioca, esta vai ser uma noite para celebrar o presente. Enquanto o disco gira, o tempo não para. Como diz o MC: “Reeeeeewind, my selectah!

Tchequirau

Com bicicletas começando a ser levadas a sério como meio de transporte – mais por parte dos usuários do que do poder público, ainda – comunidades para discutir o assunto começam a se formar. Sai da Ciclovia, Bike Anjo, Transporte Ativo e Eu Vou de Bike são algumas delas.