Doc trailer: “Rock ‘n’ Roll Exposed: The Photography of Bob Gruen”
Written by urbe, Posted in Imagem, Música
Esse fotógrafo clicou gente graúda.
terça-feira
abril 2012
COMMENTS
Written by urbe, Posted in Imagem, Música
Esse fotógrafo clicou gente graúda.
segunda-feira
setembro 2008
COMMENTS
Written by urbe, Posted in Urbanidades
Mad Professor entorta “Lively up yourself” (Bob Marley)
Muita coisa aconteceu desde a última vez que falei do “Dub Echoes” (documentário inicidado em 2004 e só concluído em 2008) por aqui.
O filme rodou o mundo, em festivais na Dinamarca, Suécia, Espanha, Jamaica, EUA, Portugal, Inglaterra e até no Brasil, com México, Irlanda, Finlândia, República Tcheca e Canadá pela frente.
Finalizando essa temporada acompanhando o doc pela Europa, o filme foi exibido em Amsterdã, no cinema da nova biblioteca pública da cidade, num prédio muito futurista, dentro do festival B-oost.
Don Letts se diverte tocando “Rebel” (Morgan Heritage)
Como se isso não fosse o suficiente, após a sessão, teve uma bela festa, com o som a cargo dos entrevistados do filme Don Letts e Mad Professor (ao vivo).
Guardando a melhor notícia para o final, antes do final do ano, “Dub Echoes” será lançado em DVD (com distribuição mundial, exceto no Brasil) pela inglesa Soul Jazz Records.
quinta-feira
maio 2008
COMMENTS
Written by urbe, Posted in Resenhas
A primeira edição da festa Dublime na Fabric trouxe uma escalação em sintonia com um certo documentário.
De Lee Perry a Pole, passando por Don Letts, Congo Natty, Kode 9 e alguns dos principais nomes do dubstep, do jungle e do UK Roots, o evento foi um passeio pela linha evolutiva do dub, do berço jamaicano a improvável vertente alemã.
Com três pistas rolando simultaneamente, o esquema era cruel: escolhia-se um nome pra conferir, perdia-se, no mínimo, outras duas coisas muito boas.
Embora não seja uma presença rara em Londres, sendo de Leeds, o Iration Steppas teve prioridade. Tocando na menor pista, com MCs exaltando o time e um grave de amassar o peito, a versão de “Welcome to Jamrock” já valeu o set.
Don Letts fez um set pesado pacas, misturando digidubs com roots, transformando num presente o atraso para o início da apresentação do Lee Perry.
Em sua passsagem pelo Brasil, em 2007, acompanhado por uma banda que não era a sua usual, Lee Perry já fez mágica num pé só (o outro estava engessado), imagina acompanhado por Adrian Sherwood.
Além das bases e efeitos caprichados de Adrian, o grande barato da apresentação é que ela dura exatamente o tempo que Lee Perry leva para pintar um de seus quadros, no palco.
Misturando grafite com as pinceladas naïf, características da decoração do seu chamuscado estúdio, a Black Ark, Perry fala sem parar, entre improvisações e trechos de clássicos como “War inna Babylon”, “Curly locks”.
Perry é primeiramente um produtor, não um artista (embora tenha gravado várias músicas), então o ideal seria vê-lo mixando, coisa que ele já não faz mais.
O show é sim morno, mas isso pouco importa quando se está cara a cara com uma lenda da dimensão (dimensões?) de Lee Perry, com um pincel na mão, pintando os braços de quem os esticasse em sua direção.
Na outra pista, logo na sequência, o Pole tocou com um laptop, mixando e aplicando os efeitos ao vivo, através de uma mesa.
Resvalando no minimal house e mais dançante do que se poderia imaginar pelos discos, o alemão tem mesmo os dois pés no dub, por mais que diga em seu saite que é apenas uma influência.
Com os ouvidos zunindo de tanto grave, a parcela dubstep ficou pra depois.
—
A escalação completa da festa:
Pista 1 – ROOTS
Lee Perry Soundsystem & Adrian Sherwood (LIVE)
Dillinja (Valve Recordings)
Congo Natty aka Rebel MC (LIVE)
Caspa & Rusko (Dub Police), Loefah (DMZ/ Deep Medi)
Don Letts (Dub Cartel Sound System)
Souljazz Soundsystem
MCs Pokes, Warrior Queen & Rod Azlan
Pista 2: TEC
Pole (LIVE) (Scape/Mute)
Sleeparchive (LIVE)
Kode 9 (Hyperdub)
Scuba (Hotflush)
Pinch (Tectonic/Planet Mu)
Appleblim vs Peverlist (Skull Disco/Punch Drunk)
Downshifter (Skud/Hyponik)
MCs Flow Dan & Rogue Star
Pista 3 – POOM
Iration Steppas (Sub Dub)
Moody Boyz (Studio Rockers)
Antisocial (Deep Medi)
Blackdown & Dusk
Earl Gateshead (Trojan Sound System)
Jonny Trunk (Trunk Records)
sexta-feira
maio 2008
COMMENTS
Written by urbe, Posted in Resenhas
Video do evento, feito com uma câmera fotográfica digital.
A tosqueira desse formato cada vez fica mais divertida.
Daqui uns anos vira estética.
vídeo: URBeTV
No sábado passado aconteceu, no Victoria Park, o festival gratuito Love Music Hate Racism Carnival, com a presença de Hard-Fi, The View, Get Cape.Wear Cape.Fly, Dennis Bovell, Don Letts, entre outros, coma presença de mais de 100 mil pessoas, segundo os organizadores.
O encerramento ficou com The Good, The Bad and The Queen. Foi uma escolha simbólica, pelo fato do baixista da banda, Paul Simonon, ter sido um dos integrantes do The Clash, atração principal do Rock Against Racism, no mesmo parque, 30 anos antes.
No RAR, o alvo das manifestações era a escalada ao poder do partido nazi-fascista National Front, que perseguia principalmente imigrantes e irlandeses. Passados 30 anos, a situação é parecida, mudam apenas os nomes.
Os atores principais agora são a British National Party (BNP) e os imigrantes dos países árabes (chamados, numa generalização, simplesmente de muçulmanos) e do leste europeu, principalmente os poloneses, recém-integrados a União Européia.
Num clima muito politizado, as atrações transcorreram, sem sustos, entre muitos discursos. O evento é uma maneira de sinalizar, tanto para sociedade, quanto para os imigrantes, que, apesar da forte propaganda, a maior parte dos britânicos não concorda com o pensamento da BNP.
Um pouco estranho, tem-se que dizer, um evento que prega a tolerância, trazer a palavra “odiar” em seu nome. Mesmo que seja odiar o racismo, porque odiar não pode ser bom. A palavra foi repetida diversas vezes durante o dia, nos discursos inflamados.
A recessão batendo a porta é o cenário perfeito para ascenção de partidos de extrema-direita. Os empregos começam a faltar e fica muito fácil convencer a populaçnao de que os imigrantes estão roubando o seu emprego, utilizando isso como de votos.
Por isso, apesar da aparente tranquilidade, foi um evento importante. Basta uma olhada na lavada que os Trabalhistas tomaram nas eleições locais britânicas dessa quinta.
A pior derrota eleitoral em 60 anos, fortaleceu os Conservadores (lembra da Tatcher?), sinaliza que, assustado (e infeliz com o Primeiro Ministro, Gordon Brown), o povo já está.
O encerramento foi com a versão dubstep do clássico do The Specials, “Ghost town”, com base do Kode 9 e vocais do Space ape. O tom perfeito.