Projeto do Joseph Gordon-Levitt, o HitRECORD é uma plataforma para criação colaborativa de conteúdo áudio-visual. Os usuários sobem conteúdo que pode ser utilizado para criar novas obras. Com o mesmo conceito, o projeto virou um programa de TV, com um tema semanal explorado com a participação direta do público na produção.
O atentado a bomba na linha de chegada da maratona de Boston provocou um efeito talvez inesperado para os terroristas. A quantidade de câmera de segurança, TV e do próprio público registrando tudo, não apenas gerou imagens para divulgar o terror pelo mundo. Gerou também imagens o suficiente para identificar os próprios terroristas.
Após o FBI solicitar, a população começou a fornecer todas as fotos das redondezas antes, durante e depois do atentado. Logo as fotos foram parar também no 4Chan e do Reddit, onde os usuários começaram um trabalho coletivo de esmiuçar as imagens em busca de pistas.
O Gawker, como de costume, fez graça e disse que, se algum acerto viesse dessa “vergonhosa paranóia”, todos os erros seriam esquecidos. Destacou também o que seria a natureza racista da escolha dos suspeitos, sempre focando na cor da pele das pessoas.
Eis que depois da lista de suspeitos vindas desse trabalho coletivo terem se espalhado, o FBI soltou imagens que apontavam outras pessoas como prováveis responsáveis pelas bombas. As comunidades do 4chan e Reddit erraram.
Ainda assim, umas das imagens surgidas no Reddit, tirada por um dos maratonistas assim que a bomba explodiu (que presença de espírito), transformou-se peça-chave das investigações, ao mostrar um dos suspeitos do FBI, de mochila nas imagens antes do ataque, afastando-se do local sem mochila no meio do tumulto.
Entre erros e acertos, o caso traz a constatação de que a inteligência coletiva se tornará cada vez mais presente na solução de problemas. É (mais um) caminho sem volta.
Em vez de lançar um disco, dessa vez Beck lançou um livro de partituras e uma página, “Song Reader”, para hospedar as intrepretações dos fãs para as 20 composições que ele escreveu, mas não gravou. Um disco colaborativo – ainda que o fato de ser necessário saber ler partituras possa limitar o número de participantes.
Só não fica claro se o disco vai existir somente assim ou se Beck vai também gravar suas versões.
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Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.