Com Truise, muito além do trocadilho
Written by urbe, Posted in Destaque, Música, Resenhas
A primeira coisa que chama atenção no Com Truise é o nome familiar. A graça se desfaz quando se ouve os primeiros acordes do funk digital mid-fi produzido pelo designer Seth Haley (“um lo-fi que dá pra tocar no rádio”, explicou em entrevista para o doc-curta sobre lo-fi e chillwave “The Rise of Lo”, que estou fazendo com o Chico Dub – em breve nas melhores internetes do ramo),
O Com Truise consegue transformar timbres e possibilidades dos sintetizadores mais cafonas dos anos 80 em algo classudo. Não é pouca coisa. Música de videogame (lembro da trilha de “Castelvania IV” sempre que ouço) com pegada sci-fi, retro-futurismo oitentista noir, indicado no clipe de “Brokendate”.
Atração mais aguardada e a primeira a ter os ingressos esgotados no festival Novas Frequências, provavelmente por ter o som mais acessível ou próximo do pop, Com Truise fez por merecer a atenção recebida. Ao vivo, descosnstrói e reconstrói as músicas através de um sintetizador e dois controladores, substituindo as batidas programadas por um baterista ao vivo, utilizando algumas programações por cima.
Quem esteve no pequeno teatro teve uma grande chance de ver bem de perto. O Com Truise pode crescer bastante, basta saber até que ponto Seth Haley quer levar o projeto.