Esses dias começou o papo de uma proibição da venda de coco na orla carioca. O motivo é a sujeirada causada por banhistas imundos que vão a praia e “esquecem” de encestar o lixo que geram.
Raramente concordo com o sujeito, porém dessa vez o prefeito Eduardo Paes tocou num ponto importante, ainda que tenha simplificado a questão:
Falando em Obama, essa semana ele soltou um vídeo, chamado a população americana para se envolver diretamente no processo de aprovação do novo orçamento.
O assunto em questão pouco importa. O que interessa é observar como essas ferramentas podem ser utilizadas muito além do marketing político ou da publicidade.
Podem — e estão — sendo usadas para mudar o paradigma político vigente, em que o povo assiste (e reclama) dos governantes, mas não participa ativamente do processo, fora das eleições.
Não vai demorar muito para o esquema de representação como conhecemos, com Deputados e Senadores, ser transformado por isso. Pode começar devagar, com votações online em vez de reuniões de condomínio, por exemplo.
Menino usa YouTube para conseguir emprego para o pai. Conseguiu.
Para uma geração mais velha isso pode soar como chatice, mais uma coisa pra prestar atenção. Para geração digital isso fará parte do dia-a-dia, tanto quanto coordenar sua vida em trocentas redes sociais. A mobilização é uma realidade.
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/URBe
por Bruno Natal
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.