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terça-feira

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setembro 2013

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OEsquema apresenta: Sala Criolina

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Autoramas_Gabriel_Bacalhau_Flavia_Bnegao
Autoramas e BNegão

Assim que assisti o vídeo que o diretor Cícero Fraga enviou via Facebook para assistir um episódio da websérie Sala Criolina, vi paralelos com o conteúdo publicado n’OEsquema. Como nossa OEsquema TV é apenas uma ideia – ainda que sejam muitas essas ideias – falta um bocado para todas elas tornarem-se realidade, ficou claro que uma parceria fazia sentido.

A estreia do Sala Criolina, produção da ClipClipUha e do Coletivo Criolina, com apoio e distribuição do OEsquema, é um primeiro passo nessa direção. Como a primeira leva de programas já estava produzida, não nos envolvemos diretamente na concepção. Porém, mesmo assim, o conteúdo está bastante alinhado. o Cícero tinha um produto na mão, nós tínhamos o canal e agora cá estamos.

Amanhã as 13h será lançado o primeiro vídeo, por aqui mesmo, estrelando o vizinho Lucas Santtana. Pra contextualizar, conversei com por email com o Cícero sobre a série e essa parceria.

Cicero Fraga - diretor - ClipClipUha
Cícero Fraga, como se vê pela blusa, sabe das coisas

Como surgiu e quais as intenções do Sala Criolina?

Cícero Fraga – O coletivo Criolina é formado por DJs aqui de Brasília (Rodrigo Barata, Tiago Pezão e Rafael Oops). Posso dizer tranquilamente que eles são um dos principais agitadores aqui da cidade. Eu tenho uma produtora de video que basicamente se dedica a videos sobre música e videoarte, a ClipClipUha. Há tempos que a gente ensaiava unir esses dois lados para produzir algo. No início desse ano, fiquei sabendo que o coletivo Criolina tinha fechado um projeto que traria bons artistas para a cidade durante todo o ano. Foi essa a hora de pegar carona e propor um modelo de programa. Em um almoço chegamos no formato e montamos o cronograma já com o primeiro convidado, Lucas Santtana. O nome, Sala Criolina, vem da casa que os Criolinas moravam. Uma grande casa que até hoje serve de hotel para músicos que vem tocar na cidade na festa que eles promovem toda segunda. A sala é o ambiente mais comunitário e mais abarrotado de vinis, vitrolas, MPC, computadores e todo tipo de instrumento.

Quem já foi entrevistado e quem mais vem por aí?

Cícero Fraga – Além do Lucas Santtana, já passaram pelo Sala Criolina a Anelis Assumpção, Karol Conká, BNegão, Curumin, Autoramas, Maga Bo e Chico Correa e Thiago Pethit. Os próximos ainda não sabemos. Um coisa é certa, pra segunda temporada queremos incluir artistas aqui da cidade que já estão com o pé para fora da região, como Passo Largo, Sacassaia e Móveis Coloniais.

Gravando com Curumin
Durante as gravações com Curumin

Como vocês escolheram os entrevistados e os assuntos abordados?

Cícero Fraga – Queremos conversar sobre música. Não necessariamente sobre a música que aquele artista faz. Acho que poucas vezes entramos no trabalho autoral, sem ter como fugir dele também em certas questões. Mas o que queremos é juntar conhecedores de música, pesquisadores, colecionadores de vinil, alguns músicos chegam a ser potenciais historiadores (se não o são, rs). Mandamos três perguntas diferentes para cada um. Obtemos três ótimas respostas. Todo convidado tem sempre uma grande história para contar. O Gabriel, do Autoramas, deu uma aula de Jovem Guarda, o Lucas fala da “invenção do samba”, o BNegão sobre destruir para poder construir. E tudo isso costurado por ótimas dicas de som.

Conte um pouco da produção dos vídeos.

Cícero Fraga – A produção dos vídeos é completamente independente. Porém, foi-se o tempo em que ser independente é ser amador. Tinha de ser bem feito. Essa era a prerrogativa. Fechamos uma equipe base, enxuta, com o equipamento mínimo necessário investidos por mim, Silvio Cohen, Gustavo Amora e David Alves. O nosso retorno é ter um programa bem feito, onde as pessoas possam gostar e querer mais. Essa websérie é um termômetro para outros projetos que ainda queremos fazer. E assim tem sido. Todos os artistas que passaram por aqui compartilharam o conhecimento deles, estavam abertos para trocar ideia. E todos saíram com a sensação de que foi massa. De que foi uma entrevista diferente.

Quais eram os planos antes da parceria com o OEsquema e qual a importância dessa associação?

Cícero Fraga – Desde quando chegamos no formato, sabíamos que o Sala Criolina era para web, foi concebido para ser web. Assim que o projeto começou a ficar pronto, surgiu uma oportunidade de negociar o programa para TV. Mas para praticamente ceder os direitos desse nosso investimento, só valeria a pena se fosse uma TV expressiva e sob boas condições. Como não era o caso, optamos por permanecer na web mesmo. E já vínhamos traçando uma lista de portais e blogs que entraríamos em contato para divulgação. O OEsquema era o topo da lista. Eu conversava com o Rodrigo Barata e a gente falava que tinha que ser algo ‘tipo OEsquema’. rs. E naturalmente rolou. De certa forma, o OEsquema é o nosso jornal diário de boa informação e boa música. Nos alimentamos tanto dessa informação que era natural que o Sala Criolina tivesse um pouco a cara de vocês a ponto da gente institivamente fechar essa parceria. Feito! O objetivo agora é que o Sala Criolina seja um conteúdo interessante. Apostamos boas fichas nisso.