chemical brothers Archive

quinta-feira

12

março 2009

1

COMMENTS

Aquecimento Coachella ’09 12

Written by , Posted in Música


Etienne de Crécy e seu cubo, ao vivo

Dia agitado na produção do Coachella. Um dos shows mais aguardados do festival, Amy Winehouse cancelou sua participação.

Pra compensar, algumas boas notícias. Foi lançada a revista online Coachella Digital e novos nomes foram adicionados a escalação, entre eles Etienne de Crécy e seu cubo luminoso, Chemical Brothers (DJ set), Devendra Banhart e The Orb.

Saíram também os nomes da tenda Dome, dedicada a música eletrônica. Estarão lá Flying Lotus, Kode 9, Daedelus, entre outros. Só falta mesmo o Metronomy ser incluído.


Flying Lotus, “Tea Leaf Dancers”

segunda-feira

5

janeiro 2009

0

COMMENTS

sexta-feira

19

setembro 2008

0

COMMENTS

Dance

Written by , Posted in Música

O MGMT dá um susto nos fãs ao escrever em seu blogue, essa semana, que se o baterista (que nem membro oficial da banda é) não se recuperar totalmente do tornozelo machucado, a banda acaba de vez. Sei.

Chegando a hora da passagem deles pelo Brasil, vale dizer que os shows podem ser frustrantes para quem é atraído apenas pelas músicas de pegada eletrônica e dançantes, como “Kids” e “Electric feel”, e não estiver disposto a ouvir algo que não seja isso. O negócio deles rock psicodélico.

Agora que os boatos de que o segundo disco seria produzido pelo Chemical Brothers foram negados (parece que ao menos uma faixa sai dessa dobradinha), esfriando a idéia de que o MGMT poderia trilhar caminhos mais próximos da pista, restam os remixes.

O Soulwax (sempre eles) mostra como seria esse caminho, ao entortar “Kids”. Sente a pressão.

quarta-feira

20

agosto 2008

0

COMMENTS

quinta-feira

21

outubro 2004

1

COMMENTS

Os bastidores do laboratório – Chemical Brothers

Written by , Posted in Resenhas

chemical_live.jpg
Os Irmãos Químicos pilotam a nave – foto divulgação

Após seis anos, o Chemical Brothers voltou ao Brasil em grande estilo. Tocando para 26 mil pessoas (segundo divulgado pela organização do evento) no Pacaembu, número condizente com a importância da banda, eles fizeram uma apresentação bem parecida com a do festival inglês Creamfields e confirmaram, pra quem tinha dúvidas, que continuam relevantes. Se o conteúdo foi o mesmo, o resultado final também não foi diferente.

Uma faixa produzida por Tom Rowlands e Ed Simmons pode ser reconhecida em poucos segundos. O que alguns, ansiosos pela novidade da estação “lá fora” — esse lugar tão idílico quanto onírico — se apressam em chamar de fórmula batida, nesse caso deveria ser percebido como estilo próprio. Isso fica claro, por exemplo, pelo fato de mesmo as músicas antigas não soarem datadas.

Apesar de mostrarem desapego ao hype da vez, qualquer que seja ele, a sonoridade da dupla permanece atual. Eles fazem o que gostam, são sua própria referência. Isso não significa que estejam fechados em si mesmos. Como um buraco negro, sugam tudo à sua volta; breakbeat, house, electro, trance, não importa, fatalmente o que é bom encontra espaço nas criações da dupla.

Abre parêntese

Acompanhar de perto os nomes internacionais da cena eletrônica que estão passando pelo Brasil esse ano não tem sido tarefa fácil. A maior dificuldade –especialmente para os cariocas, com o esvaziamento cultural do Rio (o último a sair, por favor, desliga os toca-discos) — nem é a concentração dos eventos em São Paulo. Preocupante mesmo é a maneira como as coisas estão acontecendo.

A iniciativa de uma marca de apoiar eventos de música, apesar dos interesses implícitos e explícitos, é por si só louvável. O problema é quando a apresentação de artistas como Moby ou Tiga ficam restritas a festas para um grupo reduzidíssimo.

A exemplo do que aconteceu no set do Fatboy Slim na Praia do Flamengo, no show do Chemical Brothers reservou-se o melhor lugar, justo em frente ao palco, para área VIP. Com a pequena diferença que dessa vez o evento não era gratuito, o ingresso custava amargos R$90. Pegou mal. Se vira moda, vai saber onde isso vai parar.

Fecha parêntese e chega de chorar pitanga.

Acabado o show, hora de ir embora. Ao menos esse era o plano inicial. Depois de encontrarmos ACM, pessoa de realce na Baiia, ficou decidido: vamos ao camarim conversar com os caras. Sem credencial nem nada, de excuse me em excuse me, de thank you em thank you, chegamos à sala de aquecimento, nos vestiários do Pacaembu.

whipthemkingtubby.jpg

Da entrada do camarim (um lounge com incensos, pufes, panos indianos, cerveja e champagne) dava pra ouvir uma guitarrinha sincopada e uma voz de sotaque carregado saindo do aparelho de som. Chegando mais perto, linhas de baixo estranhamente familiares vibravam, até surgir a prova cabal. Uma cacetada na caixa da bateria, o estalo ecoando pelo ambiente e uma certeza. Dub. O som esolhido para o pós-show foi “Linval Thompson & Friends: Whip them King Tubby!”.

Bizarro mesmo foi assistir Valéria Zopello (!!!), ex-senhora Dinho (Mamonas Assassinas), e seu acompanhante comandando as ações no camarim, decidindo onde a trupe iria esticar a noite.

Enquanto boa parte da imprensa especializada não conseguiu uma entrevista sequer com Tom e Ed, infiltrado no chill out, lado a lado com os dois, restou fazer o meu trabalho.

Simpático, Ed Simmons cumprimentou, um a um, todos no recinto enquanto trocava o disco. Colocou um CD-R com músicas do TV on the Radio (“Staring at the sun”), Roots Manuva (“Witness”) e outras mais. Menos falante, a conversa com ele foi mais rápida. Perguntei sobre dub, ele respondeu que não conhecia muito, mas que sempre tinha seu King Tubby ou Linval Thompson à mão.

Tom Rowlands foi mais acessível. Confiando em nada além da minha combalida memória, vou tentar reproduzir o papo.

URBe: Opa, bom show!

Tom: Obrigado, que bom que você gostou. Obrigado por ter vindo!

Estou fazendo um documentário sobre dub, até contactei seu empresário para tentar marcar uma entrevista. Você ficou sabendo?

Sobre dub? Legal! Não fiquei sabendo, sabe como é… Também não gosto de fazer entrevistas [delicadamente cortando qualquer esperança]. Viu esse disco? [apontando para Tubby em cima da mesa].

Vi. Bacana, não conhecia. Realmente dar entrevistas todos os dias não deve ser legal. Acho que eu também não gostaria. Gostou do show?

Foi meio mais ou menos, esse lugar é meio esquisito. A platéia não estava reagindo muito.

Muita gente não gostou do show que vocês fizeram aqui da primeira vez, sabia?

Não! Bom, música tem dessas coisas, né, não dá pra agradar todo mundo. Os lugares que a gente tocou eram mais legais que esse aqui, no entanto.

Vocês tocaram muita coisa do disco novo?

Umas duas ou três músicas, acho.

“Acid child”, aquela com um sample do Fred Kruger, é uma delas?

Não. Essa não vai estar no disco, é apenas uma faixa.

E você tem um CD-R do disco novo aqui?

Pra falar a verdade, tenho sim. Mas é claro que não vou te dar! Ha, ha!

Ha, ha, ha! O que você gosta de escutar? Gosta do Adam Freeland?

Hummm… Acho OK.

Do que você gosta então?

De Roots Manuva [aproveitando que tinha acabado de tocar uma música deles]. Boas linhas de baixo. O nosso engenheiro de som é o mesmo que o deles.

Quer dizer que vocês não fazem a parte de engenharia de som dos seus próprios discos?

Nós até poderíamos fazer, mas preferimos que outra pessoa faça para poder focar somente na música. Você sabe o que tem pra fazer por aqui hoje a noite?

[após uma breve explicação sobre o que é funk] O DJ Marlboro toca hoje na Lov.e.

Uau! Música eletrônica das favelas brasileiras deve ser interessante! Algo que tenha as batidas do Miami bass e seja cru como o dancehall parece bom. Nós fomos nessa boate ontem. As letras tem muita violência, como no dancehall?

Tem de tudo. Violência, política, letras mais apimentadas… Nesse aspecto é bem parecido com o ritmo jamaicano mesmo.

Nós vamos para o hotel agora, mas essa parece uma boa opção. Boa viagem de volta amanhã e bom trabalho. Obrigado por terem vindo!

>> colaborou: Carol*