Essa nova onda do folk vai se apresentando como um grande balaio sem fundo. A definição vai sendo aplicada a qualquer um que faça músicas ao violão e utilize harmonias vocais para declamar suas letras.
Liderado por Justin Vernon, o show do Bon Iver (“bom inverno” num francês americanizado), mostra como o tal nu-folk, (ou americana, como também chamam por aqui) é uma definição bastante frouxa.
Cancões como a boa “Skinny love”, em sua versão gravada, podem se enquadrar no termo e funcionam bem nesse formato. Ao vivo o som cresce.
As músicas ganham mais peso, acompanhadas por bateria (com pad eletrônico, usado discretamente), percussão, baixo, guitarra de timbres jazzísticos e um teclado hammond, passeando pela psicoldelia em alguns momentos.
Empurrado para o show e sem a menor perspectiva, foi uma boa surpresa. Pena que o disco passe longe disso.
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Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.