A lista negra de roteiros de Hollywood
Written by urbe, Posted in Destaque, Imagem
Colaborador costumaz do URBe, Rodrigo Hermann fala sobre o Black List.
Nos últimos 5 anos, 3 Oscars de melhor filme foram para filmes da Black List.
Nos últimos 6 anos, 7 Oscars de roteiro (original e adaptado) foram para filmes da Black List
Este ano, “Trapaça” concorre à 10 Oscars. Em 2010, ao lado de “Argo”, adivinhe onde “Trapaça” apareceu? Na Black List.
Ok, mas o que diabos é a Black List?
Em 2005 Franklin Leonard resolveu conversar com 100 executivos de Hollywood perguntando que roteiros eles leram, gostaram, mas sabe-se lá por que não entraram em produção. Essa pesquisa gerou uma lista anual batizada de Black List (“Juno”, “Babel” e outros estavam na lista original).
Os anos passaram, a lista ganhou força e hoje ela funciona não só como aperitivo dos filmes que estão por vir, mas principalmente como uma segunda chance para bons roteiros que por algum motivos encalharam nas gavetas de Hollywood.
E o que vem por aí? Ou melhor, o que apareceu na Black List 2013?
Que tal a história de Bill Watterson, o criador de Calvin & Hobbes? Ou uma comédia sobre como Stanley Kubrick e a NASA forjaram o pouso à Lua? O primeiro da lista no entanto ficou pra “Holland, Michigan” e está prestes a entrar em produção. Um thriller bem esquisito passado naquelas cidadezinhas esquema Blumenau. A grande surpresa é que Errol Morris (sim, o grande documentarista) vai dirigir e de quebra trouxe Naomi Watts pro pacote. Dado o histórico da Black List, a capacidade do diretor e a qualidade do roteiro (eu li e é realmente bom), o filme promete.
Ano passado a Black List expandiu fronteiras e lançou um serviço onde qualquer escritor pode subir um roteiro. A grande sacada é que do outro lado da linha executivos procuram desesperadamente algum roteiro digno de virar filme. Até agora foram 9500 roteiros avaliados, desses 30 roteiristas conseguiram representação, 20 roteiros foram vendidos e 1 já virou filme. Uma senhora peneira, mas que por mais estreita que seja, abre espaço à produção de roteiros fora da panelinha de Los Angeles.