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sexta-feira

7

julho 2017

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Entrevista: Zalon, cantor de apoio de Amy Winehouse, fala sobre novo disco

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O colaborador Joca Vidal bateu um papo com o cantor de soul Zalon, ex-backing da Amy Winehouse (com quem passou pelo Brasil) e está lançando “Erica”, primeira música do seu disco solo, com ecos de Curtis Mayfield.

Zalon é conhecido dos brasileiros: ano passado se apresentou no Rio, Paraty e São Paulo. Se você não está ligando o nome à pessoa, Zalon começou a se destacar quando ganhava 15 minutos “de fama'” nos shows da última turnê de Amy Winehouse, que passou pelo Brasil. O britânico cantava suas próprias canções – como “The Click” e “What’s A Man to Do”, produzidas por Mark Ronson – e começou a angariar um monte de fãs pelo mundo.

“Liquid Sonic Sex”, seu primeiro álbum solo (em que Amy Winehouse esteve trabalhando junto antes da morte), será lançado digitalmente pelo seu selo, Soul Royalty, no dia 20 de julho com show no The Jazz Café, em Camden Town, Londres. Antes disso, Zalon – que é filho da lenda do reggae e best dressed chicken in town, Dr. Alimantado – solta hoje (sexta, 07) o single “Erica” em todas as plataformas digitais.

Joca Vidal – Você lançou um EP ano passado em homenagem à Amy. Qual a diferença entre este e o novo trabalho?

Zalon – Sim, em 2016 lancei meu debut EP chamado “You Let Me Breathe”. É o título da canção que escrevi para Amy quando ela se foi. Eu estava em turnê na época do lançamento desse EP, inclusive pelo Brasil, e queria que as pessoas tivessem uma pequena amostra do meu trabalho enquanto o álbum não ficava pronto. Este novo álbum é para os amantes, para se ouvir do começo ao fim. Ele é ‘soulful’ e tem canções ‘sexies’, ao contrário do EP, que é mais introspectivo.

Joca Vidal – Em ‘Erica’ vemos algumas influências de Marvin Gaye e artistas mais contemporâneos como John Legend e Aloe Blacc. Você concorda? Em quem mais se inspirou para gravar “Liquid Sonic Sex”?

Zalon – Eu venho compondo já fazem alguns anos e não faço isso apenas para obter fama. Amy um dia me disse: “se concentre na criação de suas músicas”. Desde então, as coisas mudaram, algumas pessoas se conectaram mais em mim. Artistas como Usher e Francesco Yates gravaram canções minhas. Quando criei este álbum pensei nas músicas da adolescência e artistas que ouvia na época, como Black Street, e a Motown, sim, especialmente Marvin Gaye, artista que considero ser o que mais se conecta a meu trabalho. Marvin, especialmente em ‘I Want You’, me inspirou muito ao criar este álbum e estou muito orgulhoso dele. Quanto aos artistas que citou na pergunta, eles também ‘beberam da fonte’ da Motown e do soul em geral.

Joca Vidal – Você tem uma relação próxima com o Brasil e se apresentou solo por aqui em 2016. Do que mais se lembra do país? Há a possibilidade de uma nova tour?

Zalon – Brasil é um país especial para mim e pretendo voltar no final deste ano para me apresentar. Quando fui para aí com Amy eu pude mostrar em 15 minutos algumas de minhas músicas. E foi aí que eu percebi que poderia me destacar como artista solo. Os brasileiros me receberam muito bem. Em 2013 eu fiz a minha primeira turnê solo no país e isso me abriu portas para fazer a minha primeira turnê mundial. Isso já basta para ter o Brasil em meu coração, sem contar que a comida é incrível e as pessoas são muito bonitas.

Joca Vidal – Como é para você lidar com a ausência de Amy Winehouse?

Zalon (com a voz embargada) – Primeiramente, sinto saudades dela. De seu sorriso, do seu humor, das piadas… Sinto falta de me conectar com sua música. De cantar junto nos ônibus da turnê e nos quartos de hotel. De viajar com ela e de cantar as músicas que amamos. Ela foi uma pessoa incrível e alguém em que confiaria pelo resto da vida. Eu sempre serei grato à ela, por sempre ter acreditado em mim. Me levou para o seu selo (Lioness) e sempre me dava crédito, divulgava meu website… Era tinha uma alma inacreditável.

Ouça Zalon no Spotify.

quarta-feira

28

setembro 2011

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quarta-feira

27

julho 2011

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sábado

23

julho 2011

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DEP: Amy Winehouse, 1983-2011

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foto: Karen Robinson/The Observer

Amy Winehouse, 1983-2011.

27 anos, uma menina, triste demais isso. Ficam os dois discos que honram o soul, retorcidos de amor e de inquietude.

Infelizmente, sua passagem pelo Rio ficará marcada exatamente por essa tristeza, já tão presente em Amy.

Obrigado pelas músicas!

O Matias fez uma edição especial do podcast Vida Fodona em homenagem a Amy, incluindo alguns dos seus passeios pelo ska, em “Monkey Man” e “You’re Wondering Now”. Só apertar play.

domingo

16

janeiro 2011

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Amy Winehouse, cercada de gente e sozinha no palco

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Para alguns, o sofrimento de Amy Winehouse tomou a frente da música e em sua passagem pelo Brasil não foi diferente. Marcas criaram promoções em cima da desgraça, uma simples perda de equilíbrio no palco virou notícia e os “fãs” celebravam os goles na caneca misteriosa (sempre seguidos de um forte golpe com a cabeça para trás) durante o show. Amy tranformou-se num personagem de si mesma e seu sofrimento é o maior espetáculo.

Para quem realmente gosta de música, é de se lamentar assistir tanto talento se desmanchando. Não bastasse o teto de zinco e a estrutura de metal e concreto fazendo o som ricochetear, durante todo o show Amy enfrentou um inimigo maior na última terça (e em toda turnê): seus próprios demônios. Durante quase todo show ela abraça a si mesma, num esforço enorme para executar seu trabalho.

A expressão triste, o olhar perdido, o esforço para lembrar as letras, a despreocupação com o péssimo uso que fazia do microfone, a vontade de sair do palco a todo instante indicam que, apesar de estar lá em carne e osso, Amy não estava presente de alma. Para um artista de soul, isso é a morte.

A ótima banda segurou a onda, os vocais de apoio fazendo a cama para que Amy pudesse, na maior parte do tempo, fazer vocalizes e arremedos de letras, enquanto olhava entediada, enfadada para pista VIP (não é curioso que os ingressos milionários tenham surgido justo quando a classe C começa a ter algum crescimento econômico?).

A voz ainda está lá, o timbre inconfundível, lindo, quase intacto, sem potência. A cabeça de Amy estava a milhares de quilômetros dali. Dadas as circunstâncias, até que o show não foi terrível. Foi apenas triste.

Antes da diva, a performática Janelle Monáe mostrou que é muito boa de fantasias, de pintar quadros enquanto canta (se lançasse laranjas ela faria malabares) e de referências, porém, muito prejudicada pela péssima acústica da HSBC Arena e pelo blá blá blá de quem paga R$ 700 para conversar em frente ao palco, foi muita presepada para pouco som.

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