2008 Archive

quinta-feira

21

agosto 2008

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"Sabe o que é um argentino feliz?"

Written by , Posted in Urbanidades

Olha que a analogia não é nada boba, hein… Essa busca pela perfeição, essa disputa entre nações…

sexta-feira

11

janeiro 2008

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No caminho do bem

Written by , Posted in Música, Resenhas

De passagem pelo Rio, ainda que esse ano o festival esteja acontecendo em Copacabana (quebrando o trocadilho famoso), a oportunidade de comparecer ao menos a uma noite do Humaitá pra Peixe, e assim não quebrar a sequência de anos ininterruptos sempre presente, era imperdível. A escalação ajudava: Do Amor e Vanguart.

O Do Amor é a banda-paralela-que-quer-virar-principal de músicos conhecidos do circuito carioca. O baixista Ricardo Dias Gomes, o baterista Marcelo Calado (ambos tocando com Caetano hoje em dia) e os guitarristas Bubu (músico de apoio do Los Hermanos) e Benjão (ex-Carne de Segunda e o menos conhecido dos quatro) se juntaram para se divertir e tirar uma onda.

As letras divertidas, levadas de guitarra com a baianidade do axé (uma das músicas se chama “Pepeu baixou em mim”) e uma despretensão contagiante disfarçam arranjos elaborados e uma musicalidade difícil de se perceber sem prestar muita atenção. O produtor Berna Ceppas, amigo da banda, classificou o show de clássico. Muita gente não entendeu, incluindo o escriba aqui.

De Cuiabá para para o Rio, o Vanguart, ao vivo, apresenta os mesmos problemas do seu disco de estréia.

A banda é azeitada e a voz de Hélio Flanders se destaca nas ótimas canções folk. O problema é uma falta de coragem, ou estrada mesmo, para acreditar neles próprios, soltar o corrimão e andar para longe das referências.

O vocal emula demais Thom Yorke e Bob Dylan e a postura calculadamente desleixada atravanca o caminho, como a trapalhada do baixista e do guitarrista, desnecessariamente dividindo os coros no mesmo microfone e acabando por derrubar o equipamento, podem exemplificar.

Problemas pequenos para uma banda com muito potencial. Acompanhando-se no violão e na gaita, sozinho no palco, Hélio colocou o a Sala Baden Powell no bolso num dos momentos mais bacanas do show, o que não é pouca coisa.

Fica cada vez mais difícil entender o porquê da insistência nas letras em inglês e algumas em espanhol, se as feitas em português funcionam bem melhor. Mesmo porque a pronúncia (o sotaque nem é problema) não é das mais perfeitas.

Como algumas das melhores canções do grupo são justamente as que recebem as letras em idioma estrangeiro (como a cantada no momento solo de Hélio no palco), fica o palpite que talvez o Vanguart esteja almejando uma carreira internacional. O que é um desejo justo e justificaria a insistência.

Se a idéia não for essa, por favor, português, porque devem ter mais uns cinco “Semáforo”, sucesso alternativo do grupo, no meio daquelas músicas, esperando pra acontecer.

Demonstrando muita presença de espírito, o grupo encerrou o show atendendo os pedidos de “toca Raul!” com uma versão de “Medo da chuva” que de improviso não tinha nada. Era o mesmo arranjo que o Vanguart tocou no programa Som Brasil, da TV Globo, dedicado a Rauzito.