quarta-feira

11

outubro 2006

10

COMMENTS

Zumbis

Written by , Posted in Resenhas

Hurtmold_RioCenaContemp2006.jpg
foto: Joca Vidal

O Hurtmold está se especializando em fazer shows em situações bizarras no Rio. Depois da apresentação de derreter os ossos na Audio Rebel, ano passado, ontem foi a vez da Estação Leopoldina.

Uma combinação de fatores fez com que o lugar não estivesse cheio. Além do fato da banda ter tocado por aqui há menos de um mês (no Centro Cultural Telemar, dentro do projeto Multiplicidade), a distância do local do show e o dia da semana também não ajudaram. Os que ainda assim resolveram ir, tiveram que aguardar até meia-noite pra finalmente ouvir o Hurtmold.

Confirmando o que é quase uma regra quando se trata do sexteto, valeu a pena esperar. Logo na abertura, uma música nova, um reggae devidamente entortado, mostrou, para os que não conheciam, o que é o tal do pós-rock.

A soma de percussão, linhas de baixo chapantes, a quebradeira da bateria de Maurício Takara, vibrafone, escaleta e bases eletrônicas não falha. Os temas instrumentais espaciais, cheios de detalhes, pontuados por guitarras pesadas fizeram o público viajar sem sair da estação de trem a céu aberto, onde acontecia o show.

O Hurtmold enfileirou músicas dos discos “Cozido” e “Mestro”. Tocaram a própria “Mestro”, “Amarelo é vermelho”, “Telê” (essa do split com a banda The Eternals) e mais duas músicas novas, ainda sem nome, que devem entrar no próximo disco da banda, previsto para março de 2007.

A banda não é de falar muito além do tradicional “nós somos o Hurtmold, de São Paulo”. Envergonhado pelo resultado das eleições em seu Estado, Guilherme Granado (vibrafone, escaleta e bases eletrônicas) resolveu ir além e citar esse fato.

O silêncio que se seguiu deixou uma dúvida. Não deu pra saber se era reflexo de uma alienação da platéia ou o simples resultado da hipnose provocada pelo som.

Deixe uma resposta

10 Comments

  1. Felipe Continentino
  2. Igor
  3. Igor
  4. Igor

Deixe uma resposta para IgorCancelar resposta