Ecos dos próprios pensamentos: o mais do mesmo online
Written by urbe, Posted in Destaque, Digital
Outro dia James Murphy falava sobre a fragilidade dos sistemas automatizados de recomendação de música de lojas online como Amazon que, ao sugerir apenas coisas similares ao que você já conhece, não dá chance de algo diferente aparecer no seu radar. Normalmente esse tipo de dica, algo que você jamais pensaria em escutar, vem de um bom vendedor de uma boa loja de discos.
Em redes sociais, o consenso se sobrepõe ao senso crítico e logo estamos conversando apenas com quem pensa exatamente como nós. Isso é um retrocesso. Ao nos fecharmos para vozes dissonantes ficamos restritos a aos ecos dos nossos próprios pensamentos, sem sair do lugar.
Os fabulosos algorítimos do Google e do Facebook trabalham em cima de te apresentar justamente o que sabe que você aceitará com menos resistência, como explica o vídeo acima. Perigosíssimo. Se a inércia é a chave da estagnação, o desconforto produz movimento. Saber aprender com opiniões contrárias é indispensável.
achei no site do TED com legenda em português 😉
http://www.ted.com/talks/lang/eng/eli_pariser_beware_online_filter_bubbles.html
Obrigado, Bibs! Substituí o vídeo pela versão legendada.
Muito bom! Faz refletir bastante. Mas eu me pergunto. Será que nós mesmos não somos assim? Procuramos apenas aquilo que nos deixa confortaveis, evitamos opiniões divergentes? Eu mesmo, ao dar ‘mute’ em contatos chatos do Facebook, não estou fazendo a mesma coisa? É de se pensar.
Claro, Nilton, isso vem de nós, não das “máquinas”.