terça-feira

19

abril 2016

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“Vitória”

Written by , Posted in Urbanidades

micheltemer_vice

Lembro do quanto soava absurdo ouvir que, na época do golpe militar de 64, muita gente apoiava. Vivi pra ver eu mesmo outro golpe, dessa vez branco, ser aplaudido pelo povo.

Um vice-presidente, da mesma chapa, assistia a votação pela abertura do impeachment da presidenta sorrindo de felicidade com o caos que o beneficiará. Um congresso corrupto gargalhando e celebrando. Quero muito estar errado, mas em um ano essa Lava Jato vai estar lavando nem louça. Essa imagem é clássico instantâneo da história do Brasil.

Como disse outro dia,  o síndico do meu prédio está sob suspeita de ter feito umas manobras financeiras com a grana… Não temos certeza se foi ele mesmo, mas é melhor estancar a sangria. Decidimos na assembléia do condomínio colocar o cara do 501 como síndico, aquele banqueiro que responde processo por roubo. Depois a gente chama o miliciano que faz a segurança da rua pra tirar o banqueiro. Se precisar, a gente chama o trafica pra resolver o miliciano, se ele não quiser sair depois. O importante é mudar. Mesmo que seja pra pior.

Duvida? As notícias que começaram a pipocar no dia seguinte não são nada animadoras: “Cunha entrega o impeachment, e deve receber ‘anistia’ em troca,” “o Sen. Aloysio Nunes foi a Washington um dia depois da votação do impeachment“, “na semana do impeachment, 3 das 5 notícias mais compartilhadas no Facebook são falsas” e, pra fechar o escárnio, “após votar impeachment, deputados entram em feriado prolongado”.

Na imprensa internacional, a narrativa de veículos como os ingleses The Guardian e BBC, os americanos New York Times, Wall Street Journal e CNN, a portuguesa SIC apontam os interesses, motivações e incongruência por detrás do golpe de maneira que a própria imprensa brasileira, em grande parte, não faz.

E para aqueles que acreditam que esse é o começo da limpa, fique com essas belas palavras encontradas no Twitter. Falemos mais sobre “tem que cair todo mundo” no dia que  Cunha for absolvido (farei questão de relembrar no dia) ou houver 500 mil pessoa ou mais nas ruas, de verde e amarelo, pedindo a queda do Temer/Cunha (nesse caso, me convidem, pode ser que vá, de blusa da CBF e enrolado na bandeira do Brasil):

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