sexta-feira

8

abril 2011

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Um Miami Horror outonal

Written by , Posted in Urbanidades


fotos: Fernando Schlaepfer

Um dos expoentes da inexistente cena de synth pop da Austrália (os integrantes da banda ridicularizaram esse conceito, dizendo que só existem mesmo os nomes que todos conhecem: eles, Cut Copy, Bag Raiders, Midnight Juggernauts, Presets, Van She e Empire of the Sun), o Miami Horror veio ao Rio através da mobilização do público via Queremos.

Sentindo o peso do tamanho da casa, ou apenas o cansaço da farra em Porto Alegre e São Paulo, a Miami ensolarada do nome da banda não deu as caras no Circo Voador. Não chegou a nublar, foi algo próximo de uma tarde de outono: nem muito quente, nem muito frio. Na medida.

O vocalista e guitarrista faz o trabalho de palco, se esforçando, subindo nas caixas, pulando pelo palco. Sozinho não dá. Fica faltando pressão do resto banda (o líder, Ben Plant, parecia que ia dormir) para empurrar as músicas de BPM baixo do disco de estreia, “Illumination.” O som, mal passado (médio sobrando, grave faltando), principalmente na primeira metade, atrapalhou.

Com os hits guardados para o final (“Sometimes”, “I Look To You” e “Holidays”) e o som mais acertado, a segunda metade foi bem melhor. Quando o show pegou, acabou.

A culpa não é toda do Miami Horror. Trata-se de uma banda pequena, em início de carreira, fazendo um show do outro lado do mundo. Com a internet (zzzzz…) isso vai se tornando cada vez mais comum, as vezes as bandas são colhidas antes de estar maduras. Essa é a realidade atual e entendendo isso, é divertido observar o processo.

Como a apresentação foi curta, 50 minutos, os gente boas voltaram e tocaram uma versão de “You Can Call Me Al” (Paul Simon). Quem não foi, perdeu uma noite divertida (como ficou gente para ouvir os sets do Ajax e Yugo – Nado Leal tocou antes do show).Quem pagou para banda vir, dançou e cantou, fazendo valer o investimento. Era pra eles que o Miami Horror estava tocando.

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