segunda-feira

19

setembro 2011

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Tudo rosa: Ariel Pink e Pains no Circo Voador

Written by , Posted in Música, Resenhas


Ariel Pink
fotos: URBe Fotos (via Instagram)

“Esse Ariel Pink é maluco”. Essa deve ter sido a frase mais repetida na noite de sexta por quem viu o sujeito no palco do Circo Voador a frente da sua banda de apoio, o Haunted Graffiti. Líder da banda e tido com um dos precursores da onda lo-fi, Ariel vive no seu próprio mundo. Diz que não ouve música e que pouco se importa em ser referência.

Música é simplesmente uma maneira que ele encontrou de se manifestar, dentre outras que ele diz fazer uso, como a pintura. Essa despreocupação se reflete no palco. Colocada como uma banda de jazz, com todos integrantes no mesmo nível e juntos, as experimentações do disco toma outra dimensão.

Os potenciais hits “Round and Round” e “Bright Lit Blue Skies’, tocadas na sequência, crescem e enchem o lugar. Em outros momentos, o experimentalismo toma a frente e a proposta fica um tanto confusa. Tanto num momento quanto no outro, Ariel se mostra um artista no estrito senso do termo. Ele faz o que faz porque acha que é assim que tem que fazer, sem concessões. Coisa rara de se ver na era das bandas de internet.

Belo show, daqueles que faz você gostar mais do disco.


Dorgas

Antes deles, o Dorgas abriu a noite. Visivelmente excitados com a oportunidade de tocar no Circo Voador, abrindo para uma banda da qual são fãs, a molecada fez o dever de casa direitinho. Banda bem ensaiada, falta mesmo a prática. Os vocais ficam um pouco na cara de mais, uma filtrada cairia bem.

Os integrantes do Ariel Pink assistiram o show inteiro da lateral do palco e ficaram animados, indo conversar com o Dorgas depois, só para elogiar. Apesar de ter sido cedo, tinha bastante gente na hora, o que também foi bom. Não foi noite de casa cheia, uma pena.

Fechando a noite, o The Pains of Being Pure at Heart, fizeram um show correto. Esse indie melancólico, perdido em algum lugar entre o Smashing Pumpkins e o The Cure, não é exatamete a minha praia. Ainda assim, a textura de guitarras preenchendo o ambiente surpreendeu e acabou me fazendo assistir o show inteiro. Pela reação dos fãs, parece ter sido bem bom.

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