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outubro 2012

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Transcultura #096: #Rio365 // “A Batalha do Passinho”

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Meu texto da semana passada da coluna “Transcultura”, que publico todas as sextas no jornal O Globo:

Projeto @Rio365 vai mapear um ano na cidade a partir de fotos do Instagram
Serão 52 temas propostos, um por semana, para a missão que vai virar livro
por Bruno Natal

A ultrarrápida ascensão do Instagram, chegando a 80 milhões de usuários em menos de dois anos, transformou a rede social de fotos numa das plataformas mais visadas para todo tipo de ação, tanto do público quanto de empresas. Um dos formatos mais populares são as “missões”, em que um tema é proposto, e os fotógrafos marcam suas fotos relacionadas com hashtags, criando galerias relacionadas ao assunto proposto. Um dos pioneiros no Brasil foi o Instamission, já comentado aqui Transcultura.

Nesta semana teve início o @Rio365, que terá um ano de duração, com 52 temas propostos, um por semana, totalmente focado no Rio. Trata-se de uma ação para gerar um registro fotográfico colaborativo da cidade, que deverá virar um livro ao fim do projeto com as 365 fotos vencedoras de cada dia, além das galerias com todas as fotos concorrentes em cada tema.

— Tive total liberdade para escolher os temas, e a equipe de curadores terá autonomia absoluta para escolher as melhores imagens — explica André Galhardo, idealizador do projeto, que tem o patrocínio da Light.

O tema desta primeira semana foi arte, atraindo mais de 500 seguidores para o perfil do projeto e reunindo mais de 1.500 fotos marcadas com o hashtag #Rio365_arte.

Entre os próximos temas estão previstos o Festival do Rio, a primavera na cidade e até uma “missão secreta”. Diante de diversos projetos similares on-line, Galhardo se diz influenciado pelo movimento “A Painting a Day” (“uma pintura por dia”), iniciado por Duane Kaiser em 2004.

— Muitos artistas iniciaram projetos “365” pessoais desde então. E, no próprio Instagram, a tag #365project tem atualmente mais de 20 mil imagens — lembra Galhardo. — Perfis como @instamission, @igersrio, @instaforfun também foram grandes inspirações pois mostram como as pessoas podem encarar o desafio de produzir imagens como um jogo muito divertido. Todos nós aprendemos e nos desenvolvemos brincando. Imaginei coordenar um projeto colaborativo com o olhar de milhares de fotógrafos que atualmente andam com suas câmeras e conexões 3G nos bolsos o tempo todo.

Para incentivar a participação, as melhores fotos produzidas serão premiadas com um iPad por bimestre. E a melhor do ano leva um iPhone. Pode parecer pouco para um projeto com verba total de quase R$ 500 mil.

— Distribuiremos prêmios simbólicos. Entrar para o seleto time dos autores do livro “@Rio365” será o principal objetivo dos participantes, não tenho dúvida. Isso legitima a sensação de “ser artista” que o usuário do Instagram tem — diz Galhardo. — Os prêmios são para reconhecer ainda mais o mérito e gerar mais emoção para nosso jogo. Todo tema terá uma foto escolhida como “a melhor da missão” pela comissão de curadores. O prêmio é uma menção honrosa, reconhecimento que, na cultura do Instagram, não tem preço. Um excesso de prêmios materiais poderia atrair “caçadores de promoções” e desvirtuaria o projeto. Queremos qualidade e a participação de quem leva fotografia a sério e procura se desenvolver como fotógrafo.

Tchequirau

Contando os dias para assistir o documentário “A Batalha do Passinho”, de Emílio Domingos, sobre o fenômeno da dança surgido a partir de um vídeo publicado no YouTube. Estreiou no Festival do Rio.

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