Transcultura # 052: SBTRKT, WDYL
Written by urbe, Posted in Imprensa, Música
Meu texto da semana passada da coluna “Transcultura”, que publico todas as sextas no jornal O Globo:
Conheça o DJ e produtor inglês SBTRKT
por Bruno Natal
A trajetória é aquela de sempre: produtor remixa uma penca de artistas conhecidos – Radiohead, M.I.A., Darwin Deez, Goldie, Underworld, Modeselektor, Mark Ronson – antes de lançar um disco com material próprio. O inglês SBTRKT (pronuncia-se Subtract) não fugiu a essa regra, porém as obviedades param por aí.
Como Mount Kimbie, Jamie Xx ou James Blake, ele é mais um a dar o passo adiante e se distanciar da parcela modorrenta do dubstep que domina a cena inglesa, formatando o tal post-dubstep com seu disco homônimo. Saem os pooooowonnn towonnnn intermináveis, entram batidas quebradas herdadas do drum’n’ bass (cada vez mais perto de voltar à tona), graves macios com uma influência de Miami bass, vocais de R&B e uma certa melancolia.
A prévia do disco no Hype Machine deveria ter se encerrado na segunda, mas até quarta continuava funcionando. Camas de sintetizadores, vocais, efeitos – é som pra ouvir de fone, menos pista, mais viagem. Mesmo assim, tem música fazendo sucesso. “Wildfire” deixou de ser um hit da internet depois de ser remixado por Drake – o rapper usou a base pra cantar em cima, substituindo o vocal original de Yukimi Nagano.
Nas apresentações ao vivo, pegando emprestado o retro-futurismo do Daft Punk e o anonimato do Burial, SBTRKT costuma tocar com uma máscara africana escondendo o rosto. De vergonha é que não pode ser.
—
Tchequirau
O que você ama? É essa pergunta que faz o novo serviço de buscas do Google, What Do You love, apresentando os resultados numa página com vídeos, estatísticas, imagens e outros dados relacionados ao tema escolhido. Um tanto frio ainda, mas deve melhorar, a proposta é boa.