Transcultura #001 (O Globo): Mixtapes, skate em Uganda
Written by urbe, Posted in Imprensa, Urbanidades
Estreiou hoje a coluna “Transcultura” que estou publicando coletivamente no Segundo Caderno, do jornal O Globo:
Resumindo bastante, “Transcultura” abre as portas do jornal para falar de assuntos que você acompanha principalmente pela internet (em espaços como o URBe e tantos outros). É a cultura sob um ângulo atual, em que uma filipeta é uma peça de arte, uma mixtape equivale a um disco, uma tuitada é a frase da semana e público e artistas são uma coisa só.
Do ponto de vista pessoal, sabendo-se o quanto abomino tabaco, essa matéria principal dá uma boa dimensão da abrangência dos assuntos da coluna.
Ter participado diretamente do processo de concepção e formação da equipe (que inclui também Gregório Duvivier, Carol Luck, Antonio Pedro Ferraz e Fabiano Moreira) desde o início com a nova editora do Segundo Caderno, Isabel De Luca (com quem já havia colaborado na Revista), já foi um grande aprendizado.
Isso pra não falar a benção que é, após sei lá quantas colaborações para o Rio Fanzine, finalmente ser editado oficialmente pela dupla Calbuque (meu guru pessoal) e o grande Tom Leão.
Ainda tem mais coisa pra vir. Os tais novos tempos chegaram.
Abaixo, o primeiro texto que escrevi para coluna.
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Internet trouxe de volta a moda das mixtapes
por Bruno Natal
Na transição da fita cassete para o CD uma arte quase se perdeu. Antes dos gravadores e CD-Rs finalmente baratearem, organizar uma compilação de músicas para presentear alguém ou divulgar o trabalho de DJs e produtores era tão complicado que elas foram sumindo. Felizmente, as facilidades do compartilhamento digital trouxeram as “fitinhas” de volta. O que não falta é mixtape na rede para baixar. Nos últimos dias, André Paste e Sany Pitbull soltaram as suas novas.
Chateado com a qualidade dos funks que fazem sucesso ultimamente, Sany reúne no primeiro volume da série “Made in favela” músicas de produtores que recebe diariamente por e-mail e que não encontra espaço para tocar em outro lugar. A mixtape foi uma maneira de divulgar uma outra cara do funk, com abordagem menos comercial, com um discurso próximo do hip-hop, sem necessariamente seguir a temática da revolta.
A “Cid Moreira on the dancefloor” abre com a voz do apresentador lendo a Bíblia, grave e solene: “Deus então disse”, ecoa, imediatamente complementado por um “todo mundo aqui vai dançar!”. A pérola é de autoria de André Paste. Aos 18 anos, dividindo-se entre o primeiro período da faculdade de publicidade e a vida de DJ, o menino-prodígio dos mashups mistura Phoenix, Roberta Kelly, Alice Deejay e baile funk. O sample do Jonathan Costa funciona como alter ego, para desabafar: “De segunda a sexta esporro na escola/Sábado e domingo eu solto pipa e jogo bola”.
As mixtapes têm sido a forma de divulgação preferida dos artistas. Como as rádios estão devagar, e quase todos carregam um iPod ou celular com muitos giga de música no bolso, é a melhor forma de estar mais próximo do ouvinte. Espalhadas principalmente via Twitter, onde as pessoas que seguem os artistas já curtem o trabalho, facilita muito.
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Tchequirau
Num curta-documentário, Yann Gross mostra os skatistas de Uganda e como os locais estão construindo as próprias rampas e desenvolvendo o esporte. Na raça.
Boa sorte natalino!
genial, vou ate voltar a ler jornal fisico. Achei bizarro falar sobre fumodromos, tambem abomino tabaco acima de tudo e odeio ver que tem gente que trata de um tema ta fedegoso de uma forma tao frugal. Acho esses lugares tao deprimentes quanto os cracódromos, com a vantegem que nos lugares em que as pessoas se reunem pra suar crack, voce nao sai defumado de nicotina, só deprimido.Mas trankilo,, prefiro ver as pessoas felizes fumando que oprimidas, só não dá pra compartilhar o mesmo espaço, porque eu tenho uma puta alergia.
Valeu Adri e Rolinha! A casa é nossa.
congrats!
Toda boa sorte pra ti nesse novo empreendimento. Torço para não ter te incomodado algum dia com o meu cigarro. 😛
demais!