sexta-feira

14

maio 2010

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Transcultura #001 (O Globo): Mixtapes, skate em Uganda

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Estreiou hoje a coluna “Transcultura” que estou publicando coletivamente no Segundo Caderno, do jornal O Globo:


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Resumindo bastante, “Transcultura” abre as portas do jornal para falar de assuntos que você acompanha principalmente pela internet (em espaços como o URBe e tantos outros). É a cultura sob um ângulo atual, em que uma filipeta é uma peça de arte, uma mixtape equivale a um disco, uma tuitada é a frase da semana e público e artistas são uma coisa só.

Do ponto de vista pessoal, sabendo-se o quanto abomino tabaco, essa matéria principal dá uma boa dimensão da abrangência dos assuntos da coluna.

Ter participado diretamente do processo de concepção e formação da equipe (que inclui também Gregório Duvivier, Carol Luck, Antonio Pedro Ferraz e Fabiano Moreira) desde o início com a nova editora do Segundo Caderno, Isabel De Luca (com quem já havia colaborado na Revista), já foi um grande aprendizado.

Isso pra não falar a benção que é, após sei lá quantas colaborações para o Rio Fanzine, finalmente ser editado oficialmente pela dupla Calbuque (meu guru pessoal) e o grande Tom Leão.

Ainda tem mais coisa pra vir. Os tais novos tempos chegaram.

Abaixo, o primeiro texto que escrevi para coluna.

Internet trouxe de volta a moda das mixtapes
por Bruno Natal

Na transição da fita cassete para o CD uma arte quase se perdeu. Antes dos gravadores e CD-Rs finalmente baratearem, organizar uma compilação de músicas para presentear alguém ou divulgar o trabalho de DJs e produtores era tão complicado que elas foram sumindo. Felizmente, as facilidades do compartilhamento digital trouxeram as “fitinhas” de volta. O que não falta é mixtape na rede para baixar. Nos últimos dias, André Paste e Sany Pitbull soltaram as suas novas.

Chateado com a qualidade dos funks que fazem sucesso ultimamente, Sany reúne no primeiro volume da série “Made in favela” músicas de produtores que recebe diariamente por e-mail e que não encontra espaço para tocar em outro lugar. A mixtape foi uma maneira de divulgar uma outra cara do funk, com abordagem menos comercial, com um discurso próximo do hip-hop, sem necessariamente seguir a temática da revolta.

A “Cid Moreira on the dancefloor” abre com a voz do apresentador lendo a Bíblia, grave e solene: “Deus então disse”, ecoa, imediatamente complementado por um “todo mundo aqui vai dançar!”. A pérola é de autoria de André Paste. Aos 18 anos, dividindo-se entre o primeiro período da faculdade de publicidade e a vida de DJ, o menino-prodígio dos mashups mistura Phoenix, Roberta Kelly, Alice Deejay e baile funk. O sample do Jonathan Costa funciona como alter ego, para desabafar: “De segunda a sexta esporro na escola/Sábado e domingo eu solto pipa e jogo bola”.

As mixtapes têm sido a forma de divulgação preferida dos artistas. Como as rádios estão devagar, e quase todos carregam um iPod ou celular com muitos giga de música no bolso, é a melhor forma de estar mais próximo do ouvinte. Espalhadas principalmente via Twitter, onde as pessoas que seguem os artistas já curtem o trabalho, facilita muito.

Tchequirau

Num curta-documentário, Yann Gross mostra os skatistas de Uganda e como os locais estão construindo as próprias rampas e desenvolvendo o esporte. Na raça.

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  1. rolinha
  2. Bruno Natal
  3. Nix

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