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sexta-feira

23

outubro 2009

1

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Hoje tem (sábado): Cidadão Instigado

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Circo Voador
Cidadão Instigado – show de lançamento do “Uhuuu!”
abertura: Júpiter Maçã
24 de outubro (sábado)
22h
R$ 40, R$ 20 (estudante)

segunda-feira

21

setembro 2009

9

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Entrevista – Dustan Gallas

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Recentemente o nome Dustan Gallas apareceu relacionado a dois dos mais legais discos brasileros desse ano. O sujeito gravou com o Cidadão Insigado em “Uhuuu!” e faz parte da banda de Lucas Santtana nos show do disco “Sem Nostalgia”.

Ninguém melhor pra explicar quem é Dustan Gallas do que ele próprio.

URBe – Apresente-se: instrumento, de onde você é, idade, com quem já tocou, principais trabalhos e sua formação.

Dustan Gallas – Eu sou guitarrista, nasci em Parnaíba, litoral do Piauí e cresci em Fortaleza. Eu aproveitei uma parte do tempo que eu passei estudando em universidades pra fazer umas aulas de outras coisas, fazendo umas aulas de piano e bateria, comprei tambem um trompete e um bongô, nessa época eu pensava que isso ia me fazer melhor guitarrista, mas acabou que eu aprendi alguma coisa neles mesmos. Acho que esse é um bom termo… Eu não diria que eu sei tocar baixo, por exemplo mas eu sei usá-lo.

Tenho 37 anos, e passei uns 10 pra lá e pra cá, estudando nesses lugares: America Institute of Music (Viena-Áustria), Hochschule für Muzik und Tanz (Graz-Áustria), Northern Illinois University (Illinois-usa), Rotterdam Conservatorium (Rotterdam-Holanda). E saí variando curso… Fiz de guitarra jazz, violão tango, produção musical, e até pintura

Nesse vai e vem de ir estudar e voltar ,comecei a me envolver com produção e trabalhei em alguns discos ainda em Fortaleza: Realejo Quartet, Karine Alexandrino, Eddy de Clercq, Alcalina, Forma Noise, Felipe Cazaux, Samba Hemp Club, Pádua Pires e fiz também umas trilhas pra espetáculo de dança, teatro, desfile, cinema, tal e tal.


Cidadão Instigado, “Doido”

URBe – De onde vem a sua relação com o Cidadão Insigado?

Dustan Gallas – A gente é “de época”… Hehe… Sou amigo de infância do Rian, e vizinho do Fernando [Catatau] na adolescência, quando conheci o Regis também, quando começamos a tocar e as nossas bandas ficavam tocando juntas. Depois que elas se desfizeram, (quando uns foram estudar, outros formar outras coisa) o Fernando começou a conceber o Cidadão.

Se ouvia muita coisa diferente o Régis era rock inglês, o Rian muita coisa brasileira, e eu e o Fernando mais mistureba, até que eu fui pra um lado de só ouvir jazz, pra tentar entender, e o Fernando mergulhou nos Sérgio Ricardo, Tom Zé, Alceu Valença, o som da primeira metade dos 70 deles (e as trilhas deles da época). Quando voltei pra Fortaleza em 97/98, a banda ja rolava e eu tocava umas guitarra em participações em shows. Pouco depois eu entrei pra banda, tocando caixa e prato e umas panelas, e fiquei até 2002 por aí, quando viajei de novo. Gravei o primeiro EP em Fortaleza e o “Ciclo da Decadência” aqui em São Paulo.

URBe – Qual foi o seu papel e participação em “Uhuuu!”?

Dustan Gallas – Foi muito legal. Porque vim morar em São Paulo no meio do ano passado com a intenção de ficar um ano, essencialmente, próximo dos amigos. E tem sido massa, porque eu tenho não só estado perto, como tocando junto também.

No fim do ano passado o Fernando [Catatau] me convocou pra fazer os teclados, tanto pra minimizar o uso das bases como pra tocar mais coisa no material novo do Cidadão. Aí, o processo na hora de gravar foi o de captar o som do quarteto, como é o formato dos shows ha alguns anos, e depois eu entrei como, digamos, um olhar “de fora”, editando umas músicas e pondo teclados adicionais, ajudando na mixagem e nas decisões das coisas, já que o projeto envolvia muita coisa: metais, muitos e muitos tracks nas músicas, etc.

É engraçado como o aspecto multirão tende as vezes a confundir o objetivo, mas nesse caso, muito provavelmente pela afinidade da galera, o multirão virou um trunfo e fez com que se atingisse um resultado pelo menos satisfatório pra todos nós seis.

URBe – E de onde você conhece o Lucas Santtana?

Dustan Gallas – Eu conheci o Lucas vendo shows da banda, ano passado, porque o Rian e o Regis tocam com ele, aí fui num show no Studio SP. Na verdade eu lembrava dele de ver clipe anos atrás de “De coletivo ou de metrô”, que achava massa, mas não o conhecia pessoalmente.

URBe – Como foi entrar na banda do Lucas para tocar as músicas do “Sem Nostalgia”, um disco feito inteiramente com violão?

Dustan Gallas – Esse ano ele me convidou pro projeto “Trilhando” do SESC (a edição com Bruno Barreto), com a Gal Costa cantando, isso foi no início do ano quando ele tinha acabado de gravar o disco novo. Na verdade, antes ainda mesmo desse projeto rolar, ele me convidou pra integrar a banda do show desse mesmo disco. Adorei o convite, porque o que tinha visto do show anterior dele era muito bom. Aí ele enviou o disco novo, e eu fiquei mais contente ainda, porque o disco é simplesmente sensacional. E tem isso do disco ter um monte de violão e ao mesmo tempo a maneira que ele arrumou de transportar o disco pra o formato da banda, ta dando bem certo, no meu conceito. O “tom” das composições tá preservado, deu certo.


Júpiter Maçã, “Essência Interior”

URBe – Do que mais você participou ou está participando?

Dustan Gallas –Teve essa experiência incrível de tocar com a Gal nesse projeto com o Lucas (o que me rendeu uma demissão da banda do Otto), eu participo da banda do Edgard Scandurra, que foi formada pra gravação do DVD dele. Gravamos em Maio e agora tá em processo de edição e mixagem. Inclusive gravamos uma música ano passado que ficou bem especial (“Não precisa me amar”, ta no myspace dele).

Toco com o Júpiter Maça e estamos entrando numa fase massa com músicas novas, e que uma primeira já ganhou clipe que inclusive está indicado ao VMB desse ano. Tô produzindo com o Boca (Otto, Instituto) o disco da Barbara Eugênia. Toco com a Juliana R. Tô tocando na banda e gravando no disco novo da Karina Buhr. Terminando discos de duas bandas de Fortaleza, O Garfo e Murano….e mais dois projetos caseiros, o Chic Shit e o Eles Cantam Mal.

Tem ainda um disco que fiz há anos, e que esta sendo relançado do Realejo Quartet, tem o Psycho Jazz, um combo que o Boca encabeça, hoje mesmo a gente tava discutindo o repertório pra próxima temporada, que deve começar agora em outubro no Studio SP. Outro que tá nos ensaios ainda, mas já promete virar um projeto interessante, é o disco do Tupiniquin, que tô produzindo com o Rian.


Gal Costa, “Gabriela”

URBe – Quais bandas tem voado abaixo do radar e devem surgir logo, logo?

Dustan Gallas – Barbara Eugênia, Karina Buhr, Juliana R., O Garfo, Mr. Spaceman, Tupiniquin, pra mencionar alguns… hahahahaha!

Tem um menino de Fortaleza que eu ouço quase diariamente e por mim tava todo mundo falando dele. Chama The Amazing Broken Man.