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terça-feira

10

março 2009

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Spectrial

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Uma das principais coberturas do Spectrial tem sido feita utilizando o Bambuser como canal. Trata-se simplesmente de um saite que transmite vídeos filmados em celulares ao vivo.

Lembro no início dos anos 2000 quando parecia uma visão muito futurista pensar que alguém fosse poder enviar uma foto, de imediato, em vez de explicar se a praia estava cheia ou como estava o mar.

Se você não sabe o que é o Spectrial, deveria saber, pelo simples fato de você estar lendo essas linhas numa tela.

Spectrial é o nome dado ao saite de cobertura do julgamento do caso contra o Pirate Bay, na Suécia, criado por eles próprios. Um marco da era digital.

O mundo todo está acompanhando. De revistas especiliazadas como a Wired ao brasileiro Rraurl (que tem feito um bom resumo), passando pela grande mídia.

Terminada as apresentações, o resultado é esperado para até o dia 17 de abril. O veredito definirá o futuro online.

Explicando (e resumindo BASTANTE) o embate jurídico entre o Pirate Bay e os grandes detentores de direito autoral:

– O Pirate Bay é o mais conhecido indexador de bit torrents da rede.

– O protocolo Bit Torrent é um formato de troca de arquivos digitais em que não há um servidor central. Os arquivos ficam hospedados nas máquinas de cada usuário. Além disso, sao fragmentados, de modo que ninguém baixa um arquivo inteiro de outra pessoa, mas sim pedaços separados de diversos lugares, qeu são automaticamente montados na máquinas de quem baixa.

– Os advogados representando as grandes gravadoras e estúdios querem o saite fora do ar por quebra de direito autoral.

– Como nenhum arquivo fica armazenado nos seus servidores centrais, o Pirate Bay alega que não é responsável pelo o que seus usuários enviam ou recebem. E portanto não deve ser fechado. Além do que, na Suécia, a troca de arquivos não é ilegal.

– O resultado do julgamento é importante, pois definirá o nível de liberdade que se pode ter online. Se o Pirate Bay for condenado, descerá uma pesada cortina descerá sobre a rede.

– Se for inocentado (e tudo aponta para isso), criará uma jurisprudência que determina que, se os tráfego dos arquivos continua sendo ilegal, ao menos os caminhos por onde esses dados circulam estão livres para simplesmente existir.

É importante lembrar que nem tudo o que circula por essas redes é ilegal ou protegido por direito autoral. Muita coisa é disponibilizada por seus próprios criadores. Ainda que possa ser a menor parte do tráfego, não parece justo fechar a porta devido ao uso indevido de outros.

Some-se a isso o fato de que o caminho é sem volta. O Pirate Bay não está sozinho, existem inúmeras redes similares, e outras tantas surgirão. É um processo irrefreável, cabe ao mercado se adaptar aos novos tempos.