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segunda-feira

8

outubro 2012

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Transcultura #096: #Rio365 // “A Batalha do Passinho”

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Meu texto da semana passada da coluna “Transcultura”, que publico todas as sextas no jornal O Globo:

Projeto @Rio365 vai mapear um ano na cidade a partir de fotos do Instagram
Serão 52 temas propostos, um por semana, para a missão que vai virar livro
por Bruno Natal

A ultrarrápida ascensão do Instagram, chegando a 80 milhões de usuários em menos de dois anos, transformou a rede social de fotos numa das plataformas mais visadas para todo tipo de ação, tanto do público quanto de empresas. Um dos formatos mais populares são as “missões”, em que um tema é proposto, e os fotógrafos marcam suas fotos relacionadas com hashtags, criando galerias relacionadas ao assunto proposto. Um dos pioneiros no Brasil foi o Instamission, já comentado aqui Transcultura.

Nesta semana teve início o @Rio365, que terá um ano de duração, com 52 temas propostos, um por semana, totalmente focado no Rio. Trata-se de uma ação para gerar um registro fotográfico colaborativo da cidade, que deverá virar um livro ao fim do projeto com as 365 fotos vencedoras de cada dia, além das galerias com todas as fotos concorrentes em cada tema.

— Tive total liberdade para escolher os temas, e a equipe de curadores terá autonomia absoluta para escolher as melhores imagens — explica André Galhardo, idealizador do projeto, que tem o patrocínio da Light.

O tema desta primeira semana foi arte, atraindo mais de 500 seguidores para o perfil do projeto e reunindo mais de 1.500 fotos marcadas com o hashtag #Rio365_arte.

Entre os próximos temas estão previstos o Festival do Rio, a primavera na cidade e até uma “missão secreta”. Diante de diversos projetos similares on-line, Galhardo se diz influenciado pelo movimento “A Painting a Day” (“uma pintura por dia”), iniciado por Duane Kaiser em 2004.

— Muitos artistas iniciaram projetos “365” pessoais desde então. E, no próprio Instagram, a tag #365project tem atualmente mais de 20 mil imagens — lembra Galhardo. — Perfis como @instamission, @igersrio, @instaforfun também foram grandes inspirações pois mostram como as pessoas podem encarar o desafio de produzir imagens como um jogo muito divertido. Todos nós aprendemos e nos desenvolvemos brincando. Imaginei coordenar um projeto colaborativo com o olhar de milhares de fotógrafos que atualmente andam com suas câmeras e conexões 3G nos bolsos o tempo todo.

Para incentivar a participação, as melhores fotos produzidas serão premiadas com um iPad por bimestre. E a melhor do ano leva um iPhone. Pode parecer pouco para um projeto com verba total de quase R$ 500 mil.

— Distribuiremos prêmios simbólicos. Entrar para o seleto time dos autores do livro “@Rio365” será o principal objetivo dos participantes, não tenho dúvida. Isso legitima a sensação de “ser artista” que o usuário do Instagram tem — diz Galhardo. — Os prêmios são para reconhecer ainda mais o mérito e gerar mais emoção para nosso jogo. Todo tema terá uma foto escolhida como “a melhor da missão” pela comissão de curadores. O prêmio é uma menção honrosa, reconhecimento que, na cultura do Instagram, não tem preço. Um excesso de prêmios materiais poderia atrair “caçadores de promoções” e desvirtuaria o projeto. Queremos qualidade e a participação de quem leva fotografia a sério e procura se desenvolver como fotógrafo.

Tchequirau

Contando os dias para assistir o documentário “A Batalha do Passinho”, de Emílio Domingos, sobre o fenômeno da dança surgido a partir de um vídeo publicado no YouTube. Estreiou no Festival do Rio.

segunda-feira

25

julho 2011

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Transcultura # 054: Instamission, Beastie Boys

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Meu texto da semana passada da coluna “Transcultura”, que publico todas as sextas no jornal O Globo:

Com a missão de fotografar
Projeto criado no aplicativo Instagram vira mania e ganha destaque em festival em SP
por Bruno Natal

Totalmente viciadas no Instagram, aplicativo de fotografia que roda exclusivamente no iPhone e funciona como rede social (um Twitter de fotos que através de filtros pré-estabelecidos transforma cliques desastrosos em belas imagens), as amigas Daniela Arrais e Luiza Voll transformaram a brincadeira numa missão, literalmente.

– Começamos a usar muito a ferramenta e a acompanhar o dia dos amigos através de fotos, em vez de textos. Passamos a seguir outras pessoas interessantes e pensamos se não daria pra juntar toda essa empolgação e criar um projeto para que as pessoas fotografassem coisas legais – explica Daniela. – Criamos missões que ajudam a exercitar a criatividade a cada semana, para que todo mundo se inspire cada vez mais. Assim surgiu o Instamission.

Semanalmente uma missão é publicada no @instamission, anunciada com uma imagem no próprio Instagram. “Fotografe um sorriso”, “fotografe a coisa mais gostosa do seu dia”, “fotografe um bigode”, “fotografe um ‘planking’ (ser retratado de bruços, com os braços rentes ao corpo e o rosto virado para superfície).

A partir disso, basta você tirar uma foto dentro do tema e postá-la no Instagram, no Facebook ou no Twitter usando a hashtag #instamission com o número da missão. Lançado em janeiro, o projeto está na 26 missão e recebeu mais de cinco mil fotos, de toda parte: São Paulo, Recife, Nova York, Paris, Londres, Israel…

– No início, espalhamos a novidade para os amigos e contatos nas redes sociais. Logo nas primeiras missões percebemos que uma galera que não conhecíamos começou a participar. E essa é uma das coisas mais legais da internet, né? O projeto se espalha, fica maior do que a gente imagina – comemora Daniela.

O Instamission tem 2.400 seguidores no Instagram, 1.520 fãs no Facebook e 680 no Twitter. Até aqui, a missão de maior sucesso foi a #instamission14: “fotografe a vista da sua janela”, com mais de 500 colaborações. A repercussão do projeto foi ainda maior e mais rápida do que Daniela esperava.

– Tivemos duas grandes surpresas ao longo dessa trajetória. Um dia postei uma foto do meu pai, que faleceu no ano passado. Encontrei uma foto dele, nos anos 1970, cheio de estilo, postei e recebi um comentário de uma pessoa que tinha trabalhado com ele, dizia que ele era um excelente profissional, que era muito divertido e que fazia falta. Fiquei tão emocionada. Jamais poderia imaginar que uma foto iria desencadear um encontro assim – conta.

Boa surpresa foi saber que duas pessoas se conheceram por causa do Instamission. A missão era “fotografe objetos que contem uma história”. A @mawa postou uma foto da avó dela. O @olhosvestidos delunetas reconheceu a senhorinha, que era amiga da avó dele. Os dois começaram a se falar e acabaram se conhecendo fora da rede, em um jantar recheado de lembranças e de histórias.

Agora, o Instamission virou a instalação “Invente um sorriso” no File, Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, que acontece até agosto, no Centro Cultural Ruth Cardoso, em São Paulo, levando a experiência on-line para um espaço público, por onde passam milhares de pessoas por dia.

Quem passa pelo evento é convidado a inventar um sorriso (uns ficam tímidos, outros se posicionam diante da câmera na mesma hora, alguns desenham, outros fazem coraçãozinho etc.), os fotógrafos registram, e a as imagens aparecem na vitrine da Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Um sorriso, só pra deixar o dia mais alegre e feliz, segundo a dupla.

– Já ouvimos coisas como “quero ter um iPhone só para poder participar das missões” – conta Daniela. – Pensamos em fazer outras exposições também. Algumas pessoas que participam das missões já nos perguntaram se haverá “Invente um sorriso” em Recife, em Manaus etc. Adoraríamos viajar, inventando missões e buscando a colaboração de pessoas que amam fotografia como a gente.

Tchequirau

O Beastie Boys anda animado com as filmagens. Depois do curta “Fight For Your Right To Party (revisited)”, essa semana pintou um clipe de 11 minutos de “Don’t Play No Game I Can’t Win”, produção de ação lo-fi com bonecos, dirigida por Spike Jonze. Belezura tosca.