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terça-feira

14

abril 2009

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A tropicalização

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João Brasil, “Baile Parangolé”

E lá vem ele de novo. João Brasil apresenta sua nova peça, “Baile Parangolé”, um “baile-funk homenagem à Caetano Veloso, seu livro ‘Verdade Tropical’ e todo o movimento tropicalista”, como explicou na descrição do vídeo no YouTube.

Lista dos samples, dessa vez só de música brasileira:

“Tropicália” – Caetano Veloso
“Zanzibar” – Edu Lobo
“Nega do cabelo duro” – Luiz Caldas
“Swing da cor” – Daniela Mercury
“Por trás de Brás Pina” – Guinga
“Não se acabou” – João Donato
“Biotech is Godzilla” – Ratos de Porão
“Panis et circenses” – Mutantes
“Bocochê” – Viniciu de Moraes e Baden Powell
“Dançando Calypso” – Calypso

Abaixo, João fala sobre do novo projeto:

Essa música é parte de um novo disco? Como se chama?

João Brasil – Essa é primeira música/vídeo mashup do meu novo álbum, chamado “Tropical Baile Tech”. Foi feita inteira com samples de música brasileira e com o vídeo da Disney + Carmen Miranda + alguns ruídos visuais que remetem aos samples usados. É minha homenagem à Caetano Veloso, ao seu livro “Verdade Tropical” e a todo o movimento tropicalista.

Parangolé é a obra de Hélio Oiticica denominada de a “antiarte por excelência”. Quis fazer esse tipo de mashup que acho interessante, onde o vídeo não pertence a música, assim se cria mais uma dimensão. Música AxB sobre imagem CxD. Continuo com a estética de misturar musicalmente “alta” e “baixa” cultura, pois não acredito nessas barreiras. Guinga e Calypso para mim tem a mesmíssima importância musical.

Qual a diferença para o disco anterior, “Big Forbidden Dance”?

João Brasil – A diferença que esse não vai ser só de mashups. Quero produzir, tocar e criar música sem uma estética definida, vou misturar mashups com minha voz, vão ter mashups puros, remixes, vai ter de tudo. Quero também fazer uma ponte com a América Latina na minha música.

É menos voltado pra pista que o anterior?

João Brasil – Essa música é menos voltada para a pista, mas me aguarde para as próximas!

Quantas músicas já estão prontas e quantas mais devem vir?

João Brasil – Só tenho essa por enquanto, a segunda está quase e a terceira na cabeça. Vou lançando aos poucos na internet. Meio como foi o processo do “8 Hits”. Depois que achar que acabou, fecho num pacote e diponibilizo de graça para download. A próxima vai ser um tecnobrega produzido e cantado por mim, chamada “Chique-Chique Tech”.

Como esse novo trabalho se encaixa no que você vem produzindo recentemente, principalmente a série Tropical Mix, com remixes para o CSS e para o N.A.S.A.?

João Brasil – Acho que se encaixa no tropicalismo em si e na alegria de poder ser músico nesse país onde são produzidas as músicas mais fantásticas do mundo.

Você acredita que ao mexer em músicas brasileiras tão conhecidas pode apertar o cerco ao seu trabalho? Teme ser tirado do ar ou ser processado?

João Brasil – Não. Não estou ganhando dinheiro com isso e cito todos os samples que usei. Se quiserem tirar do ar acho besteira pois estou divulgando o nome desses artistas, inclusive para um público que possa até nunca tê-los ouvido antes.

O que acontecerá quando os principais samples, os mais conhecidos reconhecíveis, tiverem sido usados em mashups? Existe uma corrida pra usar primeiro essas fontes?

João Brasil – Acho impossível esgotar tudo, tem tanta coisa! Acho que a corrida maior é do artista com ele mesmo, de descobrir samples que traduzam seus gostos, seus ideais, sua percepção do mundo.

Nos comentários da entrevista aqui no URBe do Kutiman (responsável pelo projeto ThruYOU), o leitor Raul Costa levantou um ponto interessante, dizendo que via o mashup com muito foco no conceito e os jornalistas mais preocupados em analisar os paradigmas, com pouca atenção para as composições. Como você vê essa questão?

João Brasil – Acho os dois pontos igualmente importantes, o que não pode é deixar de fora um dos dois. O trabalho de composição do Kutiman é monstruoso, é hoje um dos maiores compositores do YouTube, o trabalho musical gigantesco dele não pode deixar de ser notado pelos jornalistas, pega mal mesmo.

sexta-feira

29

agosto 2008

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Progresso on line

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Caetano Veloso, “Falso Leblon”

Caetano Veloso segue com a sua “Obra em progresso”, iniciada com uma série de shows em que apresentou as novas músicas que farão parte do novo disco (talvez chamado “Transamba”, corruptela com o título de um dos seus melhores trabalhos, “Transa”).

Distorcendo ainda mais a ordem dos fatores, o DVD foi gravado antes do disco. Dando continuidade a sua vontade de se mostrar transparente e escancarando os bastidores do seu processo criativo, Caetano anda publicando no saite do projeto até e-mail com questões levantadas pelo editor do documentário.

Na era dos blogues, MP3 e bandas que estouram no mundo todo com músicas que sequer estão prontas, é interessante acompanhar mais uma reinvenção do próprio personagem pelo Caetano.

sexta-feira

22

agosto 2008

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