Muito provavelmente, na última semana você deve ter recebido um link por e-mail, Facebook ou Twitter para o clipe de “Oração”. Em menos de uma semana, A Banda Mais Bonita da Cidade passou de um grupo desconhecido de Curitiba para um dos nomes mais comentados do Brasil. O principal motivo do sucesso foi o clipe: um plano-sequência de seis minutos, em que a banda e seus amigos repetem a letra simples em uma festa particular numa casa, lembrando bastante o clipe de “Nantes”, do Beirut, feito por Vincent Moon.
Em uma semana, o vídeo ultrapassou, com folga, a barreira de dois milhões de visualizações no YouTube (a banda sonhava com três mil) e foi motivo de textos inflamados – defendido pela alegria, atacado pela felicidade de comercial de manteiga e, claro, parodiado. Para Leo Fressato – que não é integrante do grupo, mas compôs a música e dirigiu o clipe -, as pessoas estavam carentes de amor.
– As pessoas queriam assistir a um vídeo que não fosse trash e que também não fosse violento. Quando se depararam com essa explosão de alegria, seus corações foram tomados, e aí repercutiu – acredita ele.
– Alguns não gostaram porque acharam muito fofo. É direito deles ir contra essa ideia de “comercial de margarina”. Tem pessoas que não querem essa fantasia sobre a vida, que tanto o clipe quanto esses comerciais transmitem.
– Não só adoro as paródias, como acho que elas refletem a dimensão do que está acontecendo. As pessoas não se contentam em assistir. Elas querem fazer parte daquilo, mesmo que criticando, o que é o caso de algumas delas – diz ele.
– Ri muito das paródias, em especial a da repetição, pela substituição da letra, mantendo métrica e rima. A pessoa que fez isso merecia um abraço. Outras como as do Chaves não precisa nem comentar, todos assistimos na infância. Não tem como não ser uma bela homenagem.
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Tchequirau
Semana triste par as florestas com o assassinato do casal de ambientalistas no Pará e a aprovação do Código Florestal e da emenda que anistia os desmatadores pelo Congresso. Plante uma árvore. Vamos precisar.
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/URBe
por Bruno Natal
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.