3namassa Archive

sexta-feira

7

agosto 2009

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Hoje tem (sábado)

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Sábado tem 3namasssa no Circo Voador.

quinta-feira

22

janeiro 2009

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O HPP 2009 (até aqui)

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Junio Barreto


Comadre Fulozinha


3namassa

Mais uma vez, o Humaitá Pra Peixe aportou na Sala Baden Powell, em Copacabana, em vez do tradicional Espaço Sérgio Porto (no Humaitá, obviamente).

Essa mudança transforma o festival de uma maneira interessante. Em Copa você encontra todo tipo de gente, de turistas a idosos, e isso se reflete no evento.

Se no Sergio Porto o público é majoritariamente composto de profissionais da área (jornalistas, músicos, produtores), amigos e fã dos artistas, em Copacabana poucas dessas pessoa aparecem. Porquê, é difícil explicar.

A Baden Powell tem ficado lotada de pessoas atrás de um bom programa, de conhecer novos artistas. Nesse sentido, a impressão é de que o trabalho de construção de público — o grande mérito do festival — se dá em uma escala maior em Copa do que acontecia no Humaitá.

Esse ano, porém, a tarefa de montar um festival de novas bandas foi mais difícil do que antes. A safra, inegavelmente, está bem fraca, principalmente no Rio, principal celeiro do HPP.

O próprio criador/curador do festival, Bruno Levinson disse em uma entrevista para a revista Programa, do Jornal do Brasil, que não pode “trazer todos os grupos de fora do Rio que gostaria. Foi o ano mais fraco em relação a qualidade dos artistas”.

Deve ser uma pedrada para os participantes ler uma declaração dessas (salvo que tenha sido citado de maneira incorreta), porém Levinson está sendo transparente. Realmente o festival não tem grandes destaques.

Isso não significa que não tenha alguns bons nomes que valha a pena conferir. Nas duas primeiras semanas passaram pelo palco o projeto 3namassa, Junio Barreto e Comadre Fulozinha, todos com raízes pernambucanas.

A noite de abertura foi por conta do projeto paralelo de Pupilo e Dengue, da Nação Zumbi com participação de várias cantoras e atrizes. O 3namassa faz um show temático, sob todos os aspectos.

O clima é de inferninho, com as mulheres interpretando de maneira sensual os temas tocados pela banda. Está mais para uma peça do que para um disco, as músicas dependem muito do estímulo visual para se sustentar.

Na semana seguinte, sem Isaar, que gravou dois discos com a banda, o Comadre Fulozinha mostrou que segue forte, criando intrincados arranjos percussivos que servem de cama para toada das quatro meninas, pontuadas por um sax e ocasionalmente um violão.

Compositor respeitado, gravado por nomes como Gal Costa, Maria Rita e Roberta Sá, Junio Barreto também gosta de cantar suas próprias músicas.

A presença de palco de Junio é estranha e cativante ao mesmo tempo. Ele circula pelo espaço, como se estivesse nervoso, ao mesmo tempo que estimula a banda com sinais de OK.

As ótimas letras e melodias mereciam arranjos mais interessantes. Não que a banda seja ruim — não é mesmo — porém soa tudo correto demais, perfeitinho demais, um tanto de emplastificado. Fala-se em improviso durante todo o show, só que a impressão é de uma banda ensaiada além da conta, perdendo a espontaneidade.

O festival continua por mais duas semanas.