segunda-feira

16

julho 2007

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Rolling Stone, Jun/2007

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rasbernardo_jaheluz.jpg

Resenha do disco do Ras Bernardo que escrevi para a Rolling Stone Brasil 09.

Com a edição fora das bancas, seguem os textos.

Ras Bernardo
“Jah é luz” (Muzamba)
cotação: três estrelas e meia

Sem obviedades

Não se deixe enganar pelo título do disco, no melhor estilo reggae iô-iô. “Jah é luz”, segundo lançamento do vocalista original do Cidade Negra, Ras Bernardo (11 anos após sua estréia solo) passa longe de (mais uma) emulação frustrada de Bob Marley, dessas que distorcem o entendimento de um dos mais criativos estilos musicais por aqui.

As linhas monstruosas do baixista e co-produtor do disco (em conjunto com Ricardo Barreto), Nelson Meirelles, os efeitos sonoros e a mixagem, colocando baixo e bateria à frente dos outros instrumentos, à cargo de Marcus Paulo Cientista (do Digitaldubs), mostram que a proposta aqui foi diferente. Fugindo do óbivio, “Jah é luz” mescla sonoridades setentistas jamaicanas à batidas stepper do reggae inglês e do dub eletrônico europeu.

A metaleira de “Pedido de Jah” e os momentos dubwise de a “A lei” e “Mártires” são alguns dos destaques disco. Arranjos de metais, percussão e vocais de apoio adicionais seriam bem vindos e poderiam ter enriquecido outras faixas. Perfeita para atender as expectativas das rádios que desejam mais do mesmo, “Só pra te provar” destoa do resto de um repertório pouco preocupado com isso.

A seleção musical da infinidade de festas dedicadas ao reggae atualmente, mostram que há um público interessado em conhecer outros caminhos do gênero. E como canta o próprio Ras, “se não derem, vão revindicar”. Ras já se adiantou.

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  1. julio cesario

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