quinta-feira

23

novembro 2006

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Ratatá

Written by , Posted in Urbanidades

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No Globo, hoje:

“O chefe da Polícia Civil, delegado Ricardo Hallack, comentou que o assalto na esquina da rua General San Martin com avenida Afrânio de Mello Franco seria apenas mais um roubo em sinal de trânsito, não fosse a fatalidade ocorrida“.

Caro Ricardo, como disse certa vez o jogador Edmundo, “SE minha mãe fosse homem, eu tinha dois pais”.

O “se” não é um detalhe, o “se” é o cerne da questão. É muito cômodo falar em “apenas mais um roubo” quando não é você, ou alguém da sua família, que está sendo assaltado.

Pior é ter a certeza de que a vítima, como todo carioca, provavelmente já havia comentado com suas amigas e parentes “como o Rio está perigoso, “onde isso vai parar?”, “quanta violência!”.

Assim como eu e você estamos falando exatamente a mesma coisa hoje. Pense nisso.

Semana passada, ouvi um moleque cantando um funk enquanto guardava carros na rua. A letra era assim:

A vida é muito louca
A vida é uma escola
Ontem brincava de champinha (sic)
Hoje dou tiro de pistola

A vida é muito louca
Puta que pariu!
Ontem aprendi
A dar rajada de fuzil

Tem gente que chama de proibidão. Prefiro pensar num alerta que não deveria ser ignorado. Passou da hora de dividir o bolo ou quem está com fome vai vir buscar.

Ou melhor, já estão vindo.

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  2. Felipe Continentino
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