Rapture + Breakbot no Circo Voador: O arrebatamento
Written by urbe, Posted in Destaque, Música, Resenhas
tem muitas fotos no I Hate Flash
Mesmo com muita chuva, cerca de 1.200 pessoas foram até o Circo Voador conferir o The Rapture. Em tocar no Rio desde 2003, muita coisa aconteceu de lá pra cá: a banda gravou mais um disco, um dos integrantes saiu, o grupo quase acabou e ressurgiu ano passado com o ótimo “In The Grace of Your Love”.
O tempo passou e isso ficou claro; tanto na atitude mais contida dos integrantes no palco quanto na evolução sonora, menos punk e mais bem acabada. Ganha-se de um lado, perde-se do outro, menos explosão em troca de músicas mais elaboradas. Porém é sempre melhor ver uma banda que não se repete do que eternos pastiches dela mesma.
Fez falta um clique para o baterista, perdendo o tempo diversas vezes, pra trás, quase sempre nas mudanças de desenho, tornando as músicas mais lentas do que o normal. Num som como o do The Rapture, em que bumbo e caixa empurram todo o resto, isso faz bastante diferença. Não prejudicou nem ninguém ligou. O público abraçou o repertório e levou a banda no colo até o fim do show.
Foi curto, faltaram “Sister Saviour” e “It Takes Time To Be a Man”. Do lado de fora, a chuva apertou e pressionou a platéia pra dentro da lona, dando mais pressão e garantindo que ninguém iria embora tão cedo. A noite seguiu com uma discotecagem de duas horas do Breakbot.
O francês segurou a onda e a pista pegou até quase 4 da manhã. No final, um aparição surpresa do Mayer Hawthorne, aproveitando para anunciar seu show na semana que vem ali mesmo no Circo. Você que é feito de açúcar e ficou em casa perdeu uma noitada e tanto.
Compra um guarda-chuva, só pra se garantir para as próximas.
O The Rapture foi impecável. O comentário que eu e amigos fizemos ao sair do Circo foi exatamente esse, “o show foi curto”.
Isso é uma tendência ou foi o contratado com a banda?
Breakbot achei bem meia boca. Os remix são melhores que o dj set.
Sds.
Paulo
A duração do show foi decisão deles mesmo. Eles poderiam tocar o quanto quisessem.
Eu percebi essa falta do clique do baterista, mas acho que isso é justamente o que dá mais graça ao Rapture ao vivo, torna tudo mais organico. aliás, é um raro caso de banda que faz shows incríveis e discos apenas razoáveis.