Primal Scream histórico no Circo Voador
Written by urbe, Posted in Destaque, Uncategorized
fotos: URBe Fotos (via Instagram)
Que noite. No dia do aniversário exato do lançamento do “Screamadelica” (fato que passou despercebido pela banda), o Primal Scream fez uma apresentação histórica no Circo Voador. Na correria da turnê, os integrante só souberam do formato do Queremos após o show, antes do bis, na verdade. E piraram.
A princípio estava indefinido se iriam descer para tradicional sessão de autógrafos nos posters distribuídos gratuitamente, mas no minuto que ouviram a história e souberam que os fãs estavam aguardando, Bobby Gillespie convocou o resto da banda e desceu correndo para atender a galera, um tempão assinando e tirando fotos.
Interessante notar como as duas mais entusiasmadas reações ao projeto vieram das duas bandas mais veteranas que trouxemos até aqui, através do James Murphy, do LCD Soundsystem, e agora o Primal Scream (vídeo em breve). Todas bandas se empolgam, mas essas duas ficaram realmente tocadas.
Com o público na mão e um repertório infalível debaixo do braço, o show foi perfeito. Uma grande demonstração do que acontece quando o dub encontra o rock via MDMA. Duas décadas depois, assusta como o disco soa atual. No papo depois do show (publico a íntegra do vídeo em breve), Bobby explicou que para banda é também uma turnê especial, pois na época do lançamento eles não fizeram muitos shows desse disco.
foto: I Hate Flash, várias outras ótimas por lá
Senti falta apenas de ouvir um pouco mais o baixo, principalmente nos momentos chapação. Não parecia problema de volume e sim uma questão mixagem, a bateria sempre a frente. Sempre vou querer mais grave, então está tudo certo.
O Calbuque falou isso aqui, no Globo:
“Em momento de distorção de conceitos, o zumbido nos ouvidos serve de lembrança: às vezes basta só um palco, só uma banda, só um disco e mais nada. Isso foi o suficiente, por exemplo, para que o Circo Voador vivesse, nessa sexta-feira, uma noite sem igual com a estrondosa apresentação do Primal Scream, tocando o clássico disco “Screamadelica” na íntegra. Foi um daqueles raros, raríssimos casos em que tudo contou a favor: o som (alto e claro), a luz (precisa, climática), as projeções (hipnóticas, envolventes) e, acima de tudo, a arrepiante interação entre banda e público. Vai ser fácil não esquecer do que aconteceu ali. (…) o desembarque dessa turnê no Rio teve um toque especial, um tapete vermelho estendido pelos próprios fãs, que se mobilizaram para trazer o grupo à cidade, na mais feliz das iniciativas do coletivo Queremos.”
Histórico, sem nenhum exagero.
Segunda, Porto Alegre! Mega pilhado! o/
Mas a banda não veio completa. Não deu$?
É com essa formação que a banda está viajando, Gabriela.