quarta-feira

12

novembro 2008

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Written by , Posted in Urbanidades

Assistindo a entrevista da diretora da série “Ó paí ó”, Monique Gardenberg, no Programa do Jô, meio sonado, ouvi algo que achei estranho.

Resolvi conferir no saite do programa outra vez hoje, bem acordado. Antes de continuar a leitura, preste atenção no que é dito no vídeo abaixo entre 2 minutos e 25 segundos até 3 minutos e 50 segundos:

É uma análise extremamente elitista em relação a cultura popular — que só não costuma ser “bem recebida” pelas classes altas, minoria no país. E, diga-se sobrevive muito bem sem essa aprovação, independe disso.

Embolando-se para tentar justificar a colocação infeliz, Monique improvisou um “do ponto de vista da arte em si, você trazer a coisa popular nem sempre é algo que seja bem recebido”, citando como exemplos a banda Calipso e Roberto Carlos (!!!).

Roberto Carlos não é bem recebido por quem? Até o Jô Soares, manso faz tempo, espetou: “realmente, ele não vende um disco…”.

A cultura popular não precisa e não depende da chancela das elites. É inacreditável alguém nessa posição ainda enxergar como uma benfeitoria, ou alguma espécie de ajuda, o ato de dar espaço para essas manifestações em um veículo de comunicação de massa.

Trata-se de uma simples adequação a realidade atual. Praticamente uma obrigação, comercial inclusive.

Tremendo contrasenso esse tipo de pensamento vindo de uma das principais produtoras culturais do país, responsável por um dos maiores festivais de música e agora dirigindo uma série… popular.

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  1. Bruno Natal
  2. rocha
  3. Marcelo Paiva
  4. Bruno Natal
  5. Marcelo Paiva
  6. Bruno Natal

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