terça-feira

25

junho 2013

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Pelo direito de não entender "Piracema"

Written by , Posted in Destaque, Música, Resenhas

Uma vez li alguém (não lembro quem) falar que as pessoas se sentem impelidas a terminar livros, mesmo quando não estão gostando, como se fosse errado abandonar a história no meio, e que por algum motivo não existiria tanta pressão para terminar de ver um filme ruim – mesmo que tome mesmo tempo.

Também é bastante comum alguém dizer que “não entendeu” um filme, devido as nuances e subjetividades da gramática áudio-visual (roteiros ruins também são outro motivo).

Agora, não lembro de pessoas dizerem que não entenderam um disco. É quase sempre um simples “gostei” ou “não gostei”, com muita sorte alguns comentários a respeito. Pois bem, tudo isso pra dizer o seguinte: ouvi e não entendi o disco novo do Do Amor.

Tem bem uns três ou quatro EPs entre as 18 músicas desse “Piracema”. Começa indie rock carioca, fica carimbó/caribenho/axé, (marca da banda), entra numa viagem rock pastoral psicoldélico setentista e encerra com na mesma ambiência etéreas que abre.

Tem muita coisa boa, como a música título. A quantidade de direções apontadas atordoa e deixa difícil entender a proposta central.

Existe outra máxima, essa pessoal, que diz que disco bom, bom mesmo, nunca bate bem de primeira (o que nem de longe quer dizer que todos discos que não batem bem de primeira são bons). No meio de tanta obviedade e discos preguiçosos, a falta de entendimento deve ser um elogio.

Vou tentar enteder. É um bom motivo pra pedir uma entrevista pra banda.

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