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outubro 2006

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O Globo, 13/10/2006

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Matéria sobre o Cooper Cobras que escrevi para o Rio Fanzine, do jornal O Globo.

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Cooper Cobras fora do ninho

Influenciados pela crueza de bandas como Stooges, MC5, Ramones, AC/DC, aproximando-se do presente (mas nem tanto) através dos riffs arrastados dos stoners Fu Manchu e Karma do Burn e dos exageros dos escandinavos Turbonegro e Backyard Babies, o Cooper Cobras vai encontrando seu caminho.

Contrariando a fagocitose musical vigente, em que a sonoridade de cada grupo é a resultado da combinação de três ou mais estilos, o som dos cariocas pode ser resumido em apenas uma frase.

— Fazemos rock ‘n‘ roll direto, sem misturar com nada — diz o guitarrista e vocalista Victor Lima.

A formação enxuta ajuda. Formado em 2005, o power trio é completado pelo baixista Menezes e pelo baterista Pedro Svensson. O atalho para a fama, mulheres, sucesso, quebradeiras de hotel e outros sonhos roqueiros, lógico, tem sido a internet.

A quantidade de música disponibilizada na rede atualmente, somada a pressa do público pra ver a fila andar, às vezes dificultam as coisas. Os cobras confiam que a pedrada “Até o fim do show” — uma das seis músicas do seu primeiro EP, independente — vá espatifar mais portas e janelas.

— A cada mês surge a melhor banda do momento. Se você está guiando sua produção artística pelo interesse do público e mercado pode até conseguir fazer uma música ou um disco de sucesso, mas não vai durar muito. Mas a verdade é que quem está fazendo isso não está fazendo algo honesto — crê Lima.

O Cooper Cobras não se vê sozinho na cena carioca.

— O cenário rock do Rio é complicado, as bandas passam muito perrengue e tem que abrir seu espaço na marra. Mas, no final, tudo acaba rolando. Nos identificamos com o Autoramas, Rockz, Hitlist, StripClub, Mustang— afirma Menezes.

Entre planos de tocar na Argentina e fazer uma turnê pelo Sul do Brasil, o Cooper Cobras ainda comemora o encontro virtual com um ídolo. Gary Rasmussen, ex-baixista o Up e do Sonic’s Rendezvous Band (que contava ainda com ex-integrantes do MC5, Stooges e The Rationals) encontrou o Cooper Cobras no MySpace e mandou um recado para banda.

— Isso nos deixou muito orgulhosos Somos fanáticos pela SRB, é uma das nossas mais fortes influências — continua Menezes. — Ele escreveu dizendo que nós lembrávamos muito o som que eles faziam e que ficava feliz em ver bandas como o Cooper Cobras seguindo o som que eles fizeram. Foi uma espécie de benção, sabe?

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