O fim da baixa resolução
Written by urbe, Posted in Urbanidades
Nem a ilustração, nem o denso texto da Wired estão muito fáceis de entender, por isso pedi para um amigo, o artista 3D Tomas Salles, explicar em bom português a técnica que permite transformar arquivos em baixa resolução em alta resolução, descoberta de se deu por acidente:
“O cara tava desenvolvendo um algorítmo pra limpar riscos e artefatos (“artifacs”, sujeira) de uma foto usando uma técnica que tenta adivinhar que cor deveria prencher o buraco entre um pixel e outro. Ele misturou duas técnicas a de limpeza, que eram comum, com uma outra, chamada “minimization”, que aceleraria o processo.
“Ele achou que o resultado seria o mesmo, mas no final ficou perfeito. Parece que o “minimization” combinado com o outro algorítmo adivinha os espaços sem cor entre pixels com muito mais precisão do que se pensava. Porque é possivel, em teoria, fazer o computador calcular todas as possibilidades de cores que faltam numa foto, só que ia demorar tanto que seria, na prática, impossível.
“Eles descobriram que não precisa tentar todas as possibilidades, basta pegar algumas áreas da foto, escolhida aleatoreamente, usar o tal “minimization” que vai sacar que áreas merecem ser estudadas e quais não merecem e usar o resultado (que é calculado muito rápido) com o software de reconstrução. E a margem de erro e tão ridícula que é imperceptível. Bizarro…”
Some a isso as novidades guardadas pela próxima versão do Photoshop e estamos diante de mais uma revolução tecnológica na fotografia.
Se isso acontecer mesmo, será uma revolução nas mídias digitais. No nível do mp3. Palpito que não vinga, mas quem sabe…