segunda-feira

18

setembro 2006

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Nos trilhos

Written by , Posted in Resenhas

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fotos: Joca Vidal

Depois de tocar em Brasília e São Paulo, o Zion Train fez a parada final da turnê brasileira no Rio, no Teatro Odisséia.

O evento estava marcado para as 21h, com aviso na filipeta de que os shows começariam as 23h. Privilegiando os que chegam tarde, era quase 1h da manhã quando a primeira atração da noite, Digitaldubs, subiu ao palco. Isso em pleno domingo, porque desrespeito pouco é bobagem.

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Digitaldubs e Ras Bernardo

O DD apresentou o seu “dub show”. Esse é o mesmo formato responsável por algumas das melhores atuações do grupo (no Humaitá pra Peixe ou abrindo para o Mad Professor, no Circo Voador, ambas em 2005), com Nelson Meirelles tocando baixo, MPC comandando os efeito e pouca gritaria dos MCs convidados.

O bom repertório de linhas de baixo e efeitos, as participações econômicas dos cantores e a prioridade dada a sonoridades acachapantes em vez da estridência do dancehall, fez o DD sacudir os presentes como se fossem a atração principal. É inexplicável esse não ser o show padrão deles.

Logo em seguida, foi a vez do produtor Neil Perch e do MC Dubdadda, mostrar a força do som do Zion Train para platéia carioca. Sem o acompanhamento da banda e dos vocais com o qual a banda excursiona pela Europa, coube a dupla representar o grupo inglês.

Com pouco equipamento — apenas um laptop, uma mesa de som e dois periféricos de efeito — Perch preferiu uma calmaria antes de espancar o público com graves nunca antes ouvidos no Teatro Odisséia. Suando pacas, Dubdadda tinha apenas o microfone pra falar de política, amor, sobre o Brasil e agitar o público. Era o suficiente

Sem tocar músicas dos seus discos, apenas improvisações ao vivo, Perch foi aumentando a pressão aos poucos. Do dub chapadão passou para as misturas com o house que fizeram a fama do Zion Train.

O bpm continou subindo, atingindo seu melhor momento no terço final do show, quando a batida steppers (marcada por uma levada militar, típica do dub inglês) finalmente surgiu. Cristiano Dubmaster, do DD, ainda fez uma participação especial.

Horas antes, Neil Perch deu entrevista e liberou a filmagem do show para utilização no documentário “Dub Echoes“, que, se demora a sair, fica cada vez mais rico em imagens e depoimentos.

No final, um drum n bass violento, com sample de “War in a Babylon” (Max Romeo, produzida por Lee Perry), encerrou a festa, com promessa de retorno do Zion Train. É esperar pra ver.

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  1. Felipe Continentino
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