quarta-feira

28

março 2007

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Marra?

Written by , Posted in Resenhas

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Surgida como uma uma dissidência da Bug! (no La Cueva, também as terças), a Maja (pronuncia-se marra, com j espanhol, não como a cobra naja), no Pista 3, chamou a atenção primeiro pela confusão que envolveu essa divisão. Pilotada por Gustavo Tatá, após alguns meses, a festa se estabeleceu.

Essa semana, os convidados Flow & Zeo, casal que se tornou conhecido pelos sets de trance (até pela participação em várias”raves” atuais, quase sempre dedicadas ao gênero), mostraram que não estão presos a um só estilo.

Mesmo tocando um electro minimalista, as raízes de Flow & Zeo continuam fluorescentes. O elemento progressivo atravessa todas as músicas e resulta numa espécie de electrance, o que, por incrível que pareça (para alguns), é bem bom.

Trance é um troço complicado, muito por conta da quantidade de porcaria que veio a reboque da onda pissái, seus malabares e cuspidores de fogo. Dentro desse universo, em que as pessoas dançam como se estivessem pulando corda, fritando aos sons característicos da bateria eletrônica Roland 909, lógico, tem coisa boa também.

Desde a brilhante entortada do Daft Punk, no galope pulsante da auto-explicativa “Revolution 909”, até Kiki, artista do selo Bitch Pitch Control, de Ellen Allien, o estilo segue evoluindo.

Na terça, Flow & Zeo mantiveram a pista cheia, enfeitados pelas projeções espertas do VJ Guti, provando que o trance tem sim seus bons momentos. Nem que seja como influência.

Em uma nota paralela, um grave problema na entrada era solenemente ignorado. Dois postes, na calçada em frente a porta, estavam com as bases cortadas e eram sustentados apenas pelos cabos de alta tensão (marcados com uma placa de “cuidado”) que passava pelo interior deles, enquanto desavisados se apoiavam enquanto esperavam. Não é culpa da casa, mas a situação colocava as pessoas em risco. No mínimo, a fila poderia ter sido organizada em outra direção.

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