Maria Minerva e só
Written by urbe, Posted in Música, Resenhas
foto: Eduardo Magalhães/PartyBusters
A voz não é de cantora e a postura no palco é de uma menina brincando com equipamentos sozinha no próprio quarto, dançando, falando. A apresentação livre da Maria Minerva no Novas Frequências é daquelas que faz o mais afoito dizer “até eu faria isso”. Não é bem assim.
Existem produtores que tem talento para misturar, combinar, arredondar sons e torná-los palatáveis, prontos para serem catalogados em algum gênero qualquer. Outros tem sua força justamente no contrário: separar os elementos, desconstruir a música eletrônica e espalhar todas suas peças pelo ar, destrinchando estilos. Parece facil, até você tentar.
Muitas vezes esse exercício amplia o entendimento de quem ouve. A experiência repleta de atritos ajuda a compreender melhor o outro extremo do espectro, músicas em que elementos definidores de algum estilo as vezes estão escondidos, transformados em acessórios. Reler Spice Girls nesse contexto (“2 Become 1”) foi um movimento exemplar feito pela estoniana.
Eu simplesmente AMEI esse show.
Outra coisa: vocês acharam a voz ruim mesmo? Eu gostei…só estava é cheia de efeitos. Imaginava que a apresentação fosse fria pelas descrições que lí, mas gostei muito. “Entendí” finalmente ao vivo.
ela gritou demais, né.