Mahmundi ao vivo
Written by Bruno Natal, Posted in Destaque, Música, Resenhas
Sexta passada teve a estreia da Mahmundi, na Comuna. O lugar não coopera, tanto a acústica quanto (principalmente) os equipamentos embolam o som e prejudica a apresentação, emulando sem querer a estética lo-fi de algumas de suas músicas. Ainda assim, considerando que era um primeiro show e é pra ser rampeiro mesmo, a graça é assistir decolar.
E a pegada pop pode mesmo ir longe, basta acertar detalhes e encontrar o público, essa grande tarefa. Os arranjos funcionam ao vivo, a banda capitaneada por Lucas Silva Paiva, produtor do SILVA (que se chama Lúcio, ê confusão…), parceiro de Mahmundi nas letras e na fé em Cristo, segura a onda. Falta agora estrada e melhores condições técnicas. É impressionante como quase nenhuma banda tem seu próprio técnico de PA, esse integrante invisível, crucial para o bom andamento das coisas.
Entre referências de Rita Lee, Friendly Fires, Marina, Keane e outros citados pela Mahmundi em entrevistas, o que pega mesmo é o gospel. Ouça a letra de “Desaguar” com atenção e o papo de “boa nova”, “mão do redentor” e fica claro. Ela está preparando seu culto, começando devagarinho, num lugar pequeno e cercada de amigos. Faz bem ela.
Bruno, as bandas independentes não têm técnico de P.A. pelo mesmo motivo que não tocam na rádio, etc: falta de grana! (um dia, quem sabe, chegamos lá…)
É um integrante, como outro musicada banda. Se tem guitarrista, deveriamter um técnico. É questão de prioridade, do que cada um acha que é indispensável.
O produtor chama Lucas de Paiva, fih!
LUCAS PAIVA
Amo a Mahmundi. Não estive no show mas acredito nela e acho que ela vai longe, muito longe.
Pô Bruno, “Se tem guitarrista, deveriamter um técnico. É questão de prioridade, do que cada um acha que é indispensável.” Eu acho uma coisa maravilhosa quando uma pessoa que não é filho/parente/amigo de filho/”tocou com”/ de pessoas da MPB conseguem destaque e espaço, como a Mahmundi fez.
Vamos fazer de conta que técnico de som é de graça. Aliás, a Marcela não foi técnica de som do Circo Voador? Eu desejo tudo de melhor pra ela.
Se é de graça ou não, não vem ao caso. Mas… Os integrantes da banda tocam de graça? Equipamento cai do céu? O desastre que foi o som do show da Mahmundi, correndo tanto atrás, é prova de que é necessário. Difícil é a Marcela tocar e fazer mesa ao mesmo tempo, não?
Bom, eu na verdade estou só dando apoio mesmo de fã, não estava lá e por isso não posso mesmo comentar nos detalhes do som. Queria só deixar um registro positivo sem expectativas de perfeição já que esse é o primeiro show dela:)
Sempre positivo, femme. O toque do técnico de som é pro bem dela mesmo, independente de ser primeiro show, não pode tocar com o som ruim. É jogar contra.
Ooooooooppps! Tem um cara na banda que é tecnico, engenheiro de som formado em Londres. Pena que ele não tenha o dom da ubiquidade… Se nao seria Deus, né…?
Mas o Bruno tem toda razão. A acústica do Comuna é pessima e o proprio lugar pode que corrigir o que está faltando. A crítica é construtiva e tem fundamento. O papel do crítico é esse mesmo, elogiar o que é bom e bater no que precisa melhorar.
Menos mal que a falha é na forma e não no conteudo. Pior seria se o som da banda fosse de má qualidade. Ai não tinha jeito, só mesmo na proxima reencarnação pra corrigir…
Quando tudo estiver afinado a banda explode. E ninguém segura.
Parabéns ao Bruno e ao Mahmundi. No mais é so por um anúncio no face: “Procura-se técnico de som”…
Pois é, Andrea, se o técnico de som da banda está no palco a posição continua vaga.
/URBe
por Bruno Natal
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Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.
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