Jota Quest, "20%" (Sony-BMG)
Written by urbe, Posted in Uncategorized
Os 4 leitores regulares deste espaço sabem que quando os textos longos dão lugar a notas curtas e informes de agenda constantemente, é sinal de que algum trabalho grande está em curso, impossibilitando atualizações decentes do URBe.
Logo após o lançamento de “Desconstrução” (documentário sobre as gravações do mais recente disco de Chico Buarque, “Carioca”), fui convidado para um projeto totalmente diferente: dirigir um documentário sobre os 10 anos do Jota Quest.
Ao contrário de outros projetos, a iniciativa não partiu de mim. Fui convidado pela banda, via indicação do Mateus Araújo, do 6D Estúdio, para contar sua história.
Lembro exatamente do dia que o Mateus falou disso pela primeira vez, de como respondi “pode ser” e fui pra casa pensando sobre a furada que ele estava tentando me meter. Afinal, pelo o que você pode acompanhar aqui, pop rock não é exatamente a minha praia.
De cabeça aberta, fui conhecer e conversar com a banda, em maio de 2006, durante um show no Tom Brasil, em São Paulo. De fato, após a apresentação, mudei de idéia em relação a eles quase imediatamente. Vi uma banda de verdade, sem armação, com bons músicos, sem culpas de ser pop e com 6 mil pessoas a seus pés.
Havia uma história pra ser contada. “As pessoas não conhecem o Jota Quest”, foi o que pensei. O desafio de investigar o mainstream brasileiro era instigante. E fazer isso de cabeça limpa, livre de preconceitos, sendo justo com eles e comigo mesmo, era o único caminho possível.
Fiquei satisfeito em saber que a banda não pretendia controlar o que iria ser feito, que estavam buscando uma visão externa, por mais que pudesse não concordar com alguns pontos. Um documentário de verdade, enfim. Ao longo do trabalho, realmente as portas estavam abertas e a banda não fugiu dos assuntos (sim, fala-se do “período Fanta”).
Foi uma decisão corajosa. Sem essa confiança e entrega, seria impossível realizar o que havíamos nos proposto a fazer. Ao todo, acompanhei o Jota Quest por três meses em hotéis, rádios, TVs, camarins e shows em Portugal, São Paulo, Rio de Janeiro, nos ensaios em Belo Horizonte e no show comemorativo dos dez anos de lançamento do primeiro disco, gratuito, para 60 mil pessoas, em Porto Alegre.
Após dois meses e meio de edição, o resultado é o documentário “20%” (56 minutos), com entrevistas com os integrantes da banda, imagens de arquivo e flagrantes de bastidores. O documentário é parte do DVD “Até onde vai”, que traz também o registro do show de Porto Alegre, da turnê do disco de mesmo nome, produzido pela 6D com uma qualidade poucas vezes vista em gravações de shows nacionais.
Na equipe do doc, os parceiros de sempre: Rafael Mellin e Mellin Videos (co-produção, edição e concepção), Estúdio Lontra (finalização de áudio) e o 6D Estúdio (arte).
No horizonte — sei que parece lenda e ninguém mais aguenta ouvir falar da produção de um filme que não fica termina nunca — parece que em janeiro o “Dub Echoes” fica pronto. Estive na Jamaica outra vez semana passada, para um outro trabalho, e resolvi todas as pendências que seguravam o projeto.
“Estive na Jamaica semana passada”
Deve ser muito bom mandar uma frase dessa numa mesa de bar, entre os amigos.
Fiquei curioso com o doc. Verei.
dub echoes….please!
po bruno, o trailer tá muito maneiro..tenho certeza que, mesmo um pouco fora da sua praia – como vc mesmo disse, vem coisa boa por aí.
bom, sobre os ecos eu só posso dizer que é bom ver a fila andando.
abs
Muito Bom Bruninho!
Mais uma vez vemos que vc esta no caminho certo! Muito sucesso pra vc, vc merece!
abs
Parabéns pelo trabalho meu jovem. É isso aí! Sem preconceitos e querendo ver o melhor de tudo, até porque é vc. Vc sempre terá a sua ótica sobre os fatos, que por sinal é uma das que mais gosto ultimamente.
Belo doc! Belo trabalho! Ansiosa pelo Dub Echoes!
Parabéns, vi uma amostra e esta muito bom, estou ansiosa para chegar as lojas.
Adorei saber que “Dub Echoes” esta saindo do forno. Muito trabalho e realizações em 2007.
/URBe
por Bruno Natal
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.
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