Guia: como lucrar com o compartilhamento gratuito de conteúdo
Written by urbe, Posted in Destaque, Digital, Música
Era pra ser um vídeo contra o compartilhamento não-autorizado de conteúdo, feito por uma cineasta como parte de uma campanha anti-pirataria.
Mas… É um atestado de como é possível monetizar na era digital mesmo cedendo o conteúdo “de graça”, uma lição de formato de negócios dada pelos piratas para um indústria que continua insistindo em operar no formato antigo.
Sinto-me confortável para falar a respeito: meu documentário “Dub Echoes” circula em torrents desde sempre (em duas versões, uma delas não finalizada, isso sim me incomoda) e não vejo como algo negativo tanta gente querendo assistir o filme. Não enxergo como vendas perdidas, mesmo porque as vendas foram muito superiores a expectativa da Soul Jazz Records.
Fico é triste assistindo isso, porque se isso fosse um formato estabelecido, o filme poderia até ter capitalizado. Pirataria sempre vai existir, mas o principal motivo desses saites estarem lucrando tanto (o que não está correto, de maneira nenhuma) é o fato do espaço não estar sendo explorado oficialmente.
Se todo filme ou disco tivesse esse planejamento, as pessoas correriam para os canais oficiais, até pela facilidade, e esse lucro poderia ser revertido para os criadores de conteúdo.
Eu vejo aí além de um formato de negócios que não é explorado, um formato de distribuição mal aproveitado. Porque eu duvido que o próprio filme que norteia o vídeo teria ido pra tantos lugares diferentes se fosse distribuído pelos meios oficialmente estabelecidos.
Me lembra o caso da Warner perseguindo a galera que postava links do Muse no Orkut enquanto a banda dizia que se não fosse a Internet “só teriam 5 fãs na América do Sul”.