quinta-feira

30

julho 2009

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Funk Brasil e o efeito Simonal

Written by , Posted in Música

É curioso que os 20 anos do lançamento da coletânea “Funk Brasil” esteja sendo amplamente ignorado na imprensa. Recentemente, o DJ Marlboro, produtor do disco, também ficou de fora da escalação do evento Red Bull Funk-se. Tremenda ausência.

Considerado o marco zero do movimento baile funk, o disco (e suas continuações), “Funk Brasil” foi o primeiro lançamento com músicas cantadas em português e bases feitas especialmente para as faixas, inagurando o gênero.

Por se tratar de funk, é claro, sempre esteve cercado de polêmica. Lembro do natal daquele ano, quando pedi o disco de presente. Muito a contragosto, meu primo entregou o embrulho dizendo — lembro a frase até hoje — “não acredito que estou te dando essa porcaria”.

Com a proporção tomada pelo baile funk ao longo dos anos, o aniversário merecia um pouco mais de atenção e respeito. Até para evitar absurdos como a afirmação do produtor americano Diplo, de que “ninguém no Brasil ouvia baile funk fora das favelas antes de eu tocá-lo nos clubes europeus” (esqueça um programa de pouca audiência, chamado Xou da Xuxa).

Uma espécie de redoma parece ter sido erguida em volta do DJ. Será que o silêncio sobre os 20 anos do “Funk Brasil” vem do receio quanto ao processo de pedofilia, ainda em andamento?

Caso as acusações se confirmem, isso mudaria a importância histórica do disco ou de clássicos como “Melô da Mulher Feia”, “Feira de Acari”, “Rap do Arrastão” ou “Melô do Bêbado”?

No ano em que a morte de Michael Jackson causou comoção, o documentário sobre Wilson Simonal o tirou do ostracismo e bailes funk continuam a ser proibidos, as três histórias se misturam.

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  1. zubreu
  2. Bruno Natal
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  7. andré
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  13. duda
  14. duda
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