quarta-feira

6

dezembro 2006

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Fervo

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Pela lógica internética, falar desse disco (lançado originalmente em 2004 e relançado pela Biscoito Fino em 2006) somente agora seria inadmissível.

Na possibilidade de alguém também ainda não ter escutado, é preferível correr o risco de parecer atrasado do que deixar passar em branco.

Essa pequena abertura contraria o que a própria veio explicar, é verdade. O normal seria simplesmente escrever, sem “justificativas”. Esse tipo de comportamento é, em parte, culpa da “Fórmula Google”. Mais sobre isso depois.

Formada em Recife, a Spok Frevo Orquestra é liderada pelo arranjador Spok e não demonstra muito apego as tradições, ao menos no que diz respeito a considerá-las imutáveis e intocáveis. Ainda bem.

No excelente “Passo de anjo”, Spok encontra Moacir Santos para tomar anfetamina e o resultado é um disco alucinado, com releituras de clássicos (“Ponta de lança” de Clóvis Pereira; “Nas Quebradas” de Hermeto Paschoal) e músicas originais (“Ela me disse”, de Spok e Luciano Oliveira).

Poderia até se falar em uma “sofisticação” (plastificação?) do gênero, mas mesmo com arranjos de metais classudos e produção perfeita, uma coisa continua igual ao frevo de rua: é uma festa.

Ouvir isso sentado numa mesinha de clube de jazz deve ser uma tortura.

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  1. Fils
  2. Fils
  3. Antonio

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