Drinks e samba jazz em Copa
Written by urbe, Posted in Música, Resenhas
Copa Jam Band recebe Kassin
fotos e vídeo: URBeTV e URBe Fotos
Samba jazz, Copacabana, um hotel glamuroso… Os bons tempos estão de volta.
Na última quarta-feira, tarde da noite no BB Lanches, o baixista Alberto Continentino contava que estava vindo do Bar do Copa, novo bar do hotel Copacabana Palace, onde está tocando duas vezes por semana com a Copa Jam Band, completa por Marco Tommaso (piano), Widor Santiago (sax) e Renato Massa (bateria).
O programa sensacional tem apenas um porém: os proibitivos R$ 120 cobrados de entrada (sem direito a nenhuma bebida). Inviável.
Apesar disso, alguns detalhes da história daquela noite contados por Alberto aguçaram a busca por uma entrada para esse universo paralelo, ao mesmo tempo tão perto e tão distante.
Toda semana a Copa Jam Band recebe convidados. Na primeira semana foi Thalma de Freitas e naquela noite havia sido Kassin, com repeteco no dia seguinte. Nas próximas semanas participam Domenico Lancelotti e Moreno Veloso. É o +2 parcelado.
Alberto contou que Kassin tinha aparecido na beca, de gel e cabelo pro lado, sapato branco, blusa de botão e calça, fazendo papel de crooner e tocando guitarra. Só a descrição da cena dava vontade de rir. Além da sonzeira prometida, a temporada dava pinta de se tornar histórica.
Na noite seguinte, resolvido o empecilho da entrada, tudo se repetiu. O Bar do Copa, com seus espelhos e jaulas, cumpre tudo que se espera de um bar de hotel. O público misturava amigos dos músicos, hóspedes batucando fora do tempo nas mesinhas e membros da equipe do Kiss com companhias locais (enquanto Gene Simmons jantava na pérgula, do lado de fora).
A noite é dividida em dois atos, com um intervalo de uma hora entre eles. Em ambos o quarteto inicia os trabalhos tocando standards em levada samba jazz. Passado tantos anos desde a revolução do Beco das Garrafas, hoje isso soa “tradicional”.
O repeterório cumpre o papel de oferecer o que muitos visitante buscam — e raramente encontram — quando vem ao Brasil, como um turista em Cuba procurando o som do Buena Vista Social Club ou roots reggae em Kingston.
Ainda assim, há algo no ar, como se o Copa Jam Band buscasse quebrar a sisudez relacionada a bossa nova, ao samba jazz e a toda essa linhagem musical, por vezes levada a sério demais, canonizada de uma maneira talvez não planejada pelos próprios músicos protagonistas.
A maneira encontrada para realizar essa quebra foi a escolha dos convidados, apostando que eles não fariam cerimônia e ajudariam a descontrair o ambiente.
Assim que foi chamado, Kassin ligou sua guitarra, incluindo alguns pedais e foi emendando a sua “Esquecido”, “Meio Desligado” (Mutantes) e uma inédita, um bolero sobre a falta de potássio.
No final, convidou Thalma de Freitas pra cantar “Tranquilo” e mais uma inédita, parceria dela com João Donato, chamada “Enquanto a gente namora”.
Comportado e comedido, Kassin terminou sua apresentação sob aplausos timídos, como pedia a situação. Por uns instantes o bar voltou ao volume normal, após a jam ter se tranformado num show.
Rapidamente um DJ entrou em ação, pra garantir que o bar não esvaziasse. Tascou “Finally” (its happening to me…), da CeCe Peniston, e a noite continuou.
O que quer que tenha ocorrido a partir dali ninguém sabe, ninguém viu. O que acontece em Copacabana, morre em Copacabana.
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hehe… olha a boa fase do urbe ae…
lembra que eu falei isso?
O programa sensacional tem apenas um porém: os proibitivos R$ 120 cobrados de entrada (sem direito a nenhuma bebida). Inviável.
Perai meu caro Bruno, assim nao da p concordar com vc. Quanto deveria custar a entrada num bar 5 estrelas com um show desses numa quinta-feira???
Eu e voce é q estamos ganhando pouco. Paralamas no Bareto/Fasano-SP custava 450 e vendeu tudo. Esse preco de R$ 120 nao cai do céu não. Certamente foi elaborado a partir de planilha cheia de contas e recontas.
Pense comigo … o atendimento é impecável, as mocas sao lindas, a apresentacao dos pratps e dronks é bacana, o som estava perfeito. Pense quanto custa repor cada copo quebrado, confecionar e lavar cada uniforme etc Tudo ali custa mais caro, nao apenas a entrada. Aquela banda e Kassin nao me parecem q tocaram por bilheteria (vc tem como apurar isso?), tem uma hostess, tem produtor, tem roadie, tem assessoria de imprensa, tem o cacete a quatro. É um lugar especial, nao poderia custar menos. Vai quem quer e quem pode.
1 abraco e a admiracao sincera
do seu leitor
Raul
Fala Raul,
Certamente, o lugar tem os seus custos. Mas eu tenho os meus e nesse preço, pra mim, não dá.
Entendo que o foco não seja o público independente, mas R$120 é caro pra carai. Mas, enfim, paga quem quer e quem pode, né.
Abs,
Ilsuão ou não, aqui na Europa começa a ter-se a sensção de que o Rio de Janeiro está renascendo…
Que maravilha!
Eu trabalho lá….obrigada ao Raul pelas meninas lindas… rs…
Mas ele tem toda razao. Se paga pelo todo, nao por um show.
E toda o clima comedido se foi ha semanas…..depende muito de quem toca la e de quem assiste tbm. Ontem SImoninha levou a galera pro meio da pista…..todos sambaram e anoite foi mto animada. Nada comedida.
bjs e a banda Copa Jam Band eh um luuuuuuuuuxo!