terça-feira

27

agosto 2013

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Doc trailer (e um achado!): "The Act of Killing"

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TheActofKilling_poster

O Dafne comentou que resenhou e finalmente descobri o paradeiro do documentário que aguardo há anos pra assistir. Não lembro a última vez que fiquei tão feliz por ter encontrado algo na rede.

Ouvi falar de “The Act of Killing” em 2008, quando o filme ainda se chamava “Freeman: When Killers Make Movies” e assisti ao pitch do filme no Brit Doc. A proposta era simplesmente genial, de fazer “Darwin’s Nightmare” parecer simples. O projeto mudou de nome, os emails dos diretores quicava e perdi o filme de vista.

Eis que ele surge. Com ninguém menos que o mestre Errol Morris (que escreveu um artigo pra Slate) e Werner Herzog assinando a produção executiva (assista ambos falando sobre seu envolvimento com o filme), “The Act of Killing” é dirigido por Joshua Oppenheimer e co-dirigido por Christine Cynn e Anonymous.

Segue um resumo do filme, retirado da resenha do festival que escrevi na época:

Havia uns dois ou três projetos realmente bons. Quer dizer, tinha coisa legal, mas a grande maioria era regular ou até mesmo ruim. Bom, bom mesmo, de você olhar e falar “esse cara é um gênio”, só teve um.

É tão complicado de explicar que nem sei se consigo. É de um diretor chamado Joshua Oppenheimer e chama-se “Freeman: When Killers Make Movies”. Já está quase todo filmado, mostraram um trailer bem bacana. O filme é sobre dois assassinos contratados pelo governo da Indonésia para liderar um dos muitos esquadrões da morte em Sumatra, que perseguiam os comunistas nos anos 60. Hoje em dia os sujeitos continuam soltos e são tratados como heróis em alguns lugares.

O lance é que, antes de se tornarem assassinos, os dois camaradas eram cambistas de ingressos de cinema e adoradores do cinema dos EUA. Quando se tornaram assassinos, a dupla começou a executar suas vítimas inspirados nos filmes a que assistiam. Para realizar o documentário, o diretor está reconstituindo os crimes, com os dois assassinos como atores, co-diretores e co-roteiristas, interpretando tanto eles mesmos quanto as vítimas, em cenários que lembram os filmes que inspiraram as matanças descritas.

Segundo o diretor, essa foi a única maneira encontrada para confrontá-los em relação ao que fizeram. Os sujeitos acreditam que viraram atores de cinema! Mas vão acabar é em cana, pelo que o diretor disse.

É uma produção grande mesmo, algo como Gondry em “Be Kind Rewind” encontra Kiarostami em “Close Up”. Muito sofisticado e arriscado.

Vou assistir hoje mesmo.

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  1. Daniel Ferro

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