segunda-feira

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março 2006

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Discoteca

Written by , Posted in Resenhas

A pilha de discos estava acumulada. Pra alegria das assessorias de imprensa, que gentilmente mandam as bolachinhas nessa direção, a fila vai andar.

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ronei jorge capa.jpg

Vindo de Salvador, Ronei Jorge e os ladrões de bicicleta se destacou no concurso de bandas novas Claro que é Rock. Não levaram o prêmio, mas arrebanharam bastante fãs, tocando também em festivais importantes como Goiânia Noise, Mada e até no ultra-comercial Festival de Verão de Salvador.

O disco homônimo foi lançado de maneira independente. Rock com influência de samba, quebras de andamento psicodélicas e letras esquisitas, tudo bem amarrado pela produção caprichada de Luiz Brasil (Cássia Eller). Pra baixar: “Sete sete”.

four_tet_everything_ecstatic.jpg

A Slag Records sai na frente outra vez. Depois de lançar o disco do Arcade Fire no Brasil e, dizem, assegurar a versão nacional da excelente estréia do Artic Monkeys, a gravadora paulista põe na rua “Everything ecstatic”, do Four Tet.

Experimental, estranho em alguns momentos, ensolarado em outros (ouça “And the patterns”), Kieram Hebden e seu Four Tet é um dos principais nomes da música eletrônica atual. Enquanto ninguém acorda, o catálogo da Slag vai crescendo. Em quantidade e em importância.

dub_side_of_the_moon_capa.jpg

A Deck Disc dá sequência ao seus (re)lançamentos de reggae com esse disco de 2003, finalmente em versão nacional. Dub Side of the Moon é um clássico. Simples assim.

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Ska, rocksteady e dub são os principais ingredientes de “On the move” (Deck Disc), dos paulistas do Firebug (originalmente lançado pela independente Radiola Records). Tudo muito bem tocado e produzido, contando com o diferencial de ter Victor Rice como integrante e produtor do disco. De olho no mercado internacional, as letras da banda são em inglês.

A preocupação em agradar quem está lá fora conduz a banda por um caminho preocupante, do denominador comum, fazendo o Firebug soar como qualquer outra boa banda de ska, rocksteady e dub que se encontra na Europa ou nos EUA (o que, se não é pouca coisa, não é o bastante).

Uma pena. Basta ouvir a “Injustiça”, com a participação de BNegão, para constatar que injetar o mínimo de brasilidade, ao invés de emular a gringolândia, faz toda diferença no balanço. A opção bem podia ter sido essa. De qualquer maneira, um ótimo disco.

ponto de equilibrio_reggae a vida com amor.jpg

Ao começar a rodar, “Reggae a vida com amor” (Deck Disc), do Ponto de equilíbrio, promete. Os clichês do reggae iô iô estão ausentes da parte musical, com bons timbres, levadas e produção bem feita.

Infelizmente, esses mesmos clichês estão presentes nas letras e temáticas das músicas, a começar pele trocadilho infame do título do disco. Seria excelente, se fosse instrumental. Resta torcer por uma dub version

latuya_alegorias gratuitas.jpg

Apadrinhados pelo baterista Barba, do Los Hermanos, os mineiros do Latuya não negam as origens. Embora soe promissor, a mistura de rock, samba, latinidates e metais de “Alegorias gratuitas” ainda remetem muito a banda do padrinho.

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  1. flávia d.

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