Discoteca
Written by urbe, Posted in Resenhas
A pilha de discos estava acumulada. Pra alegria das assessorias de imprensa, que gentilmente mandam as bolachinhas nessa direção, a fila vai andar.
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Vindo de Salvador, Ronei Jorge e os ladrões de bicicleta se destacou no concurso de bandas novas Claro que é Rock. Não levaram o prêmio, mas arrebanharam bastante fãs, tocando também em festivais importantes como Goiânia Noise, Mada e até no ultra-comercial Festival de Verão de Salvador.
O disco homônimo foi lançado de maneira independente. Rock com influência de samba, quebras de andamento psicodélicas e letras esquisitas, tudo bem amarrado pela produção caprichada de Luiz Brasil (Cássia Eller). Pra baixar: “Sete sete”.
A Slag Records sai na frente outra vez. Depois de lançar o disco do Arcade Fire no Brasil e, dizem, assegurar a versão nacional da excelente estréia do Artic Monkeys, a gravadora paulista põe na rua “Everything ecstatic”, do Four Tet.
Experimental, estranho em alguns momentos, ensolarado em outros (ouça “And the patterns”), Kieram Hebden e seu Four Tet é um dos principais nomes da música eletrônica atual. Enquanto ninguém acorda, o catálogo da Slag vai crescendo. Em quantidade e em importância.
A Deck Disc dá sequência ao seus (re)lançamentos de reggae com esse disco de 2003, finalmente em versão nacional. Dub Side of the Moon é um clássico. Simples assim.
Ska, rocksteady e dub são os principais ingredientes de “On the move” (Deck Disc), dos paulistas do Firebug (originalmente lançado pela independente Radiola Records). Tudo muito bem tocado e produzido, contando com o diferencial de ter Victor Rice como integrante e produtor do disco. De olho no mercado internacional, as letras da banda são em inglês.
A preocupação em agradar quem está lá fora conduz a banda por um caminho preocupante, do denominador comum, fazendo o Firebug soar como qualquer outra boa banda de ska, rocksteady e dub que se encontra na Europa ou nos EUA (o que, se não é pouca coisa, não é o bastante).
Uma pena. Basta ouvir a “Injustiça”, com a participação de BNegão, para constatar que injetar o mínimo de brasilidade, ao invés de emular a gringolândia, faz toda diferença no balanço. A opção bem podia ter sido essa. De qualquer maneira, um ótimo disco.
Ao começar a rodar, “Reggae a vida com amor” (Deck Disc), do Ponto de equilíbrio, promete. Os clichês do reggae iô iô estão ausentes da parte musical, com bons timbres, levadas e produção bem feita.
Infelizmente, esses mesmos clichês estão presentes nas letras e temáticas das músicas, a começar pele trocadilho infame do título do disco. Seria excelente, se fosse instrumental. Resta torcer por uma dub version
Apadrinhados pelo baterista Barba, do Los Hermanos, os mineiros do Latuya não negam as origens. Embora soe promissor, a mistura de rock, samba, latinidates e metais de “Alegorias gratuitas” ainda remetem muito a banda do padrinho.
o arctic não vai mais sair pela slag e sim pela trama.
mas a slag tá pra lançar o teenage fanclub, o vitalic e o guillemots!
auto-clap!!! *rs
Poxa, que pena…
Quando o Arctic fechou com a Domino Records, era de se imaginar que a Trama tivesse preferência, já que foi a primeira gravadora estrangeira a assinar o Franz Ferdinand (também da Domino).
Pensei que já tivesse fechado com a Slag há tempos.